Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Souza, Luciana Cristina Teixeira
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Orientador(a): |
Motta, Alda Britto da
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Banca de defesa: |
Motta, Alda Britto da
,
Tavares, Marcia Santana,
Sardenberg, Cecília Maria Bacellar,
Lisboa, Teresa Kleba,
Isumino, Wânia Pasinato |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre Mulheres, Gênero e Feminismo (PPGNEIM)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35178
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Resumo: |
A partir da análise das violências intrafamiliares não-conjugais, defendo a tese de que pode haver um patriarcado deslocado nas relações entre mãe e filha/o. O deslocamento é operado em três frentes, a saber: a) no campo conceitual; b) nos papéis sociais dos sujeitos do patriarcado e c) no surgimento/visibilidade de outros/as sujeitos/as e outras violências domésticas. Em relação ao primeiro aspecto, há uma sofisticada e intensa mobilização teórica por parte das feministas que têm empreendido esforços no sentido de des-patriarcalizar o conceito de patriarcado. Neste movimento são agregadas categorias de análises e noções conceituais intersectadas cuja intenção é explicar a complexidade do fato social real-concreto na atualidade, bem como desvendar as novas configurações da ordem patriarcal ainda fortemente presente na sociedade ocidental. A análise, portanto, imprescinde de novas clivagens e rupturas. No que se refere aos papeis sociais dos sujeitos e sujeitas do patriarcado, deslocar significa problematizar o sujeito patriarcal tido como universal, cristalizado na imagem da relação heterossexual entre o patriarca homem-pai (sujeito que domina e agride) versus a mulher-mãe (subalternizada e vítima passiva receptora de violências). Por fim, o último deslocamento – e o mais importante desta pesquisa – está relacionado à necessidade de perceber outros sujeitos e outras violências domésticas. Nele, as práticas abusivas rompem com o contrato social estabelecido na ordem patriarcal familiar tradicional e os filhos ou filhas tornam-se perpetradores/as de violências contra suas mães que, por sua vez, reagem e agenciam tal condição. Para essa análise, lancei mão de fontes bibliográficas, cartográficas e revisão de literatura. Ademais, utilizei a base empírica de modo a demonstrar as teorias apresentadas. A análise foi parcial, ancorada somente nas narrativas de mulheres-mães em situação de violência familiar não-conjugal. Foram realizadas sete entrevistas semiestruturadas com mulheres de distintas localizações de classe, raça, geração, nível de escolaridade, ocupação espacial atual e outros marcadores sociais emergentes na investigação em campo, estruturais ou circunstanciais, como procedência/origem geográfica. |