Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Melo, Daiane Celestino |
Orientador(a): |
Silva, Ligia Maria Vieira da |
Banca de defesa: |
Coelho, Thereza Christina Bahia,
Oliveira, Alcione Brasileiro |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Saúde Coletiva da Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21667
|
Resumo: |
A acessibilidade aos serviços de saúde é influenciada, tanto por características dos serviços quanto pelos atributos econômico, social ou cultural dos usuários que podem ou não representar barreiras à sua utilização. Elaborou-se, em junho de 2005, um projeto visando melhorar a acessibilidade e aperfeiçoar o acolhimento ao usuário da atenção básica em um município do nordeste brasileiro. Porém, mesmo nas unidades em que o projeto foi implantado, alguns usuários não se beneficiaram das medidas adotadas e continuaram apresentando dificuldades no acesso aos serviços. Este estudo teve como objetivo verificar se mesmo no interior das classes populares há alguma relação entre a posição ocupada no espaço social pelos usuários e a acessibilidade aos serviços em unidades básicas de saúde que tiveram implantado um projeto para facilitação do acesso. Realizou-se um inquérito por amostragem probabilística, entre usuários de unidades da rede básica de saúde, em junho de 2006. A amostragem foi aleatória simples sem reposição, de 710 usuários. Para análise do espaço social utilizou-se uma aproximação das categorias capital econômico e o capital cultural, propostas por Bourdieu, as ocupações foram reagrupadas em categorias- sócio ocupacionais, e a trajetória social foi obtida a partir da comparação da escolaridade do usuário, com a da sua família. As variáveis relacionadas à acessibilidade ao serviço foram: forma de marcação da consulta; hora de chegada à unidade; tempo de espera para marcação da consulta; e tempo transcorrido entre o agendamento e a realização da consulta. Calculou-se a frequências simples para todas as variáveis, a existência de associação foi verificada pelos Testes Qui-quadrado de Pearson e o Teste exato de Fisher, no programa Stata versão 12.Entre os participantes não foi observada diferença estatisticamente significante na distribuição das principais características sociais e demográficas de usuários de unidades onde o projeto havia sido implantado e daquelas não implantadas. Observou-se a presença de alguns gradientes entre o capital cultural e o econômico e variáveis de acesso, reforçando uma melhor ou pior utilização de acordo com os níveis de capital do usuário.Os resultados evidenciam que a posição no espaço social, aferida de forma aproximada pela renda, escolaridade, ocupação e trajetória social influenciou na utilização dos serviços de saúde mesmo após implantação de intervenções para melhoria da acessibilidade na rede básica de saúde do SUS. |