Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Santos Júnior, José Rosa dos |
Orientador(a): |
Telles, Lígia Guimarães |
Banca de defesa: |
Ornellas, Sandro Santos,
Lima, Mirella Márcia Longo Vieira,
Oliveira, Sayonara Amaral de,
Fonseca, Aleilton Santana da |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Letras
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Literatura e Cultura
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26336
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Resumo: |
A presente tese objetiva refletir acerca das modulações autorais, que se erguem, no âmbito da poética de Manoel de Barros e Roberval Pereyr. As discussões empreendidas, nesse estudo, encontram-se balizadas pelos prismas da autobiografia, da multiplicidade e da metalinguagem. No processo criativo de Manoel de Barros, poeta sul-mato-grossense, as memórias e as reminiscências ocupam um lugar de destaque. São reminiscências autobiográficas de uma infância vivida no Pantanal, mas ressignificadas pelos ditames da imaginação criativa. Na constituição da poética de si, Manoel de Barros tece, por meio do espaço biográfico, a experiência cotidiana, mas igualmente um espetáculo, um efeito de realidade. Por outro lado, a obra poética de Roberval Pereyr é perpassada pelas diversas experiências acadêmicas, artísticas e ativistas do autor. Tais experiências fundamentalmente literárias, em um processo dinâmico e dialógico, forjam, no bojo do processo criativo do poeta, uma série de confluências e de migrações críticas, poéticas, metafóricas, conceituais e criativas. Tudo isso faz com que Roberval Pereyr nos ofereça um texto, um tecido emaranhado onde concepção literária e crítica se deparam, repetidas vezes, costuradas e alinhavadas num mesmo tecido, numa mesma trama que, não raro, entrelaça a linguagem poética à metalinguagem, num depoimento contemporâneo e radical de criação artística autoconsciente e autorreflexiva. Se a obra poética de Manoel de Barros, por um lado, é modulada pela presença de determinada categoria de memória – enquanto elemento balizador do autobiográfico - por outro, a multiplicidade se faz imperiosa na poesia de Roberval Pereyr e, ambas, se afinam no trabalho com a metalinguagem, no tomar a própria linguagem e a própria poesia como objetos e matérias poéticas. Nossa pesquisa está pautada nos postulados teóricos de Barthes (1988), Cunha (1979), Lejeune (2008), Arfuch (2010), Foucault (2012), dentre outros. Dessa forma, os escritos que se seguem intentam refletir, de maneira sistemática, acerca de um recorte (memória, multiplicidade e metalinguagem) das modulações autorais que incidem sobre os processos criativos de Manoel de Barros e Roberval Pereyr. |