ORISUN ATI AWỌN AYIE ATI AWỌN ARÁYÉ: a cosmogonia iorubá como uma proposta didática para a explicação da origem do mundo e da vida no ensino de história do 6º ano

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: SILVA, Rosiléia Santana da
Orientador(a): REBELO-PINTO, Fernanda
Banca de defesa: ARTEAGA, Juan Manuel Sánchez, SIQUEIRA, Maria de Lourdes Moreira, MUNANGA, Kabengele, LIMA, Silvio Cezar de Sousa, ALMOULOUD, Saddo Ag
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Física
Programa de Pós-Graduação: Ensino, Filosofia e História das Ciências
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23664
Resumo: O presente trabalho teve por objetivo analisar os impactos na prática docente do ensino de História, ao construir propostas didáticas que incorporem à bagagem praxeológica a Cosmogonia Iorubá. Apoiamo-nos em elementos da Teoria Antropológica do Didático e em referencial teórico do campo da História das Ciências com a intenção de fazer um estudo histórico e epistemológico das concepções, trajetória e institucionalização do objeto do saber “Origem do Mundo e da Vida”. Tais estudos nos possibilitaram promover construções didáticas pautadas nas Diretrizes Curriculares das Relações Étnico-Raciais numa perspectiva de descolonização didática. Formulamos, assim, um problema de investigação, para alcançar nosso objetivo, com base na seguinte questão: como incorporar na bagagem praxeológica, prevista para o ensino de História no 6º Ano, saberes referentes à diversidade etnicorracial, como, por exemplo, a cosmogonia iorubá, por meio de propostas didáticas que permitam explicar, institucionalizar e avaliar a presença desses saberes no processo de construção para o ensino? Nessa conjuntura, elegemos os mitos “Òrún Aiyê” e “Ara Aiyê” como elemento na construção metodológica do nosso Percurso de Estudo e Pesquisa (PEP), que compõe a Engenharia Didática de Michèle Artigue, objetivando contribuir no fazer didático de docente do ensino de História. A pesquisa foi de caráter qualitativo, com abordagens multiculturais fundamentados por elementos de um percurso de estudo e pesquisa. Nosso campo prático do estudo foi desenvolvido em três escolas do município de Salvador-Ba, com participação de três professoras de história do 6º ano (anos finais do fundamental II). Os dados foram construídos por meio de observação naturalista das aulas, aplicação de questionários e entrevistas semiestruturadas, estudos, formação e experimentação, estruturadas em gravações de áudios e imagens fotográficas e de vídeos. A investigação nos permitiu identificar mudanças positivas nas leituras, no (re)conhecimentos e nas praxeologias da história escolar das(os) participantes (docentes e discentes envolvidos(as)), no que se refere às técnicas utilizadas para a execução dos tipos de tarefas propostos, assim como na explicação, institucionalização e funcionalidade do Saber no meio didático, o que nos revela a importância dos trabalhos técnicospráticos na formação de professores(as). Julgamos que essa realização influenciou positivamente nas práticas das professoras, o que leva a contribuir na realização de propostas com outros diferentes saberes nos mais diferentes anos e áreas de ensino. Além de garantir alternativas para o cumprimento das diretrizes prescritas a partir das Determinações Legais, utilizando a Descolonização Didática como alternativa para a sua efetiva funcionalidade e efetividade.