“Meio índios”, “meio negros” : etnicidade e pobreza em Rio de Contas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Matos, Márcio Santos
Orientador(a): Caroso, Carlos
Banca de defesa: Caroso, Carlos, Paraíso, Maria Hilda Baqueiro, Lara, Amiel Ernenek Mejía
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Progama de Pós-Graduação em Antropologia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/34292
Resumo: Esta dissertação visa saber quando e de que forma a questão étnica (afro)indígena torna-se visível no município de Rio de Contas, localizada na parte sul da Chapada Diamantina, Bahia. A pesquisa desenvolvida, contudo, destoa do que se espera dos trabalhos etnográficos tradicionais. Em razão da pandemia da covid-19, não foi possível realizar o trabalho de campo local, embora alguns dados tenham sido coletados. Esta situação inusitada exigiu que fossem feitos ajustes na abordagem metodológica, o que implicou em recuar no uso dos métodos, técnicas e procedimentos de campo inicialmente previstos, para realizar uma extensa revisão bibliográfica sobre a ocupação da região dos Sertões de Cima. Este novo procedimento permitiu constatar uma relação fundante entre território, memória e aldeamento no âmbito da presença de grupos indígenas. Outro resultado que merece atenção refere-se à valiosa colaboração da historiografia para a compreensão etnológica do Alto Sertão da Bahia. Do ponto de vista dos referenciais teóricos adotados como guias e suportes ao estudo, a categoria analítica raça é contraposta à etnia, no contexto do projeto político de construção da nacionalidade. Ao destacar conceitos teórico-etnográficos de referência, retoma-se o trabalho de Harris, tanto o livro publicado em 1956 no qual ele busca analisar o contexto de mudança social, quanto o estudo publicado em 1993, cujo foco são as relações raciais. Por fim, os dados obtidos por meio de conversas informais e algumas entrevistas semiestruturadas que foram realizadas antes do contexto sanitário atual foram apresentados e discutidos.