"Por trás da máscara nós sempre dançamos” : Etnografia da etnicidade e territorialidade em São Paulo de Olivença (AM)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Gomes, Kirna Karoleni Vitor
Outros Autores: http://lattes.cnpq.br/1726439556397315
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal do Amazonas
Instituto de Filosofia, Ciências Humanas e Sociais
Brasil
UFAM
Programa de Pós-graduação em Antropologia Social
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://tede.ufam.edu.br/handle/tede/8018
Resumo: A Dança do Cordão do Africano foi trazida por negros num processo de imigração para o Alto Solimões, onde ancoraram no porto principal, como antigamente era conhecida como aldeia Kambeba, a que deu origem ao município de São Paulo de Olivença, território pluriétnico no qual vivem os grupos Kokama, Caixana, Ticuna e Kambeba, nas áreas urbana e rural do município, a presença de moradores indígenas reafirma a pluricidade étnica da região. A Dança do Cordão do Africano é uma dança cadenciada de acordo com os ritmos dos tambores, de movimentos simples, fazem um formato de cordão humano entrelaçados. Na hora da entrada, reverenciam os membros que tocam na banda. Cantam canções feitas por eles mesmos. Confeccionam suas próprias vestimentas, entre elas as máscaras que são feitas de tecido preto que realçam os lábios grossos e avermelhados, fazendo referência às características físicas dos negros que passaram pelo São Paulo de Olivença. Minha proposta de pesquisa nasceu do interesse em compreender as relações das identidades étnicas que aparecem atrais da máscara da dança. A pesquisa buscou mostras os agentes sociais inseridos no território onde ocorre da Dança do Cordão do Africano, assim como descrever as redes de relações construídas na manifestação, que estão próximo a tríplice fronteira (Brasil, Colômbia e Peru). Contudo a pesquisa me permitiu refletir mais sobre o segredo de identidade que são promovidos pelas máscaras usadas em rituais indígenas.