Amianto não: perspectivas para desamiantização e o manejo das telhas de fibrocimento na Universidade Federal da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Landim, Flávia Adorno Alves lattes
Orientador(a): Moraes, Luiz Roberto Santos
Banca de defesa: Moraes, Luiz Roberto Santos, D’Arêde, Cláudia de Oliveira, Pena, Paulo Gilvane Lopes, Castro, Hermano Albuquerque de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37468
Resumo: Ao se estudar e analisar resíduos sólidos nota-se a relação direta entre os aspectos ocupacionais, ambientais e de saúde. Os resíduos sólidos classificados como perigosos, como aqueles provenientes de materiais contendo amianto, comprovadamente nocivo à saúde, é um exemplo claro dessa relação por ser um mineral extraído da natureza, que foi amplamente utilizado na fabricação de diversos materiais, contaminando os trabalhadores e culminando em uma questão de saúde pública. Objetivo: analisar a existência de perspectivas de desamiantização e o manejo das telhas de fibrocimento contendo amianto nas instalações da Universidade Federal da Bahia em Salvador/BA, compreendendo as percepções de risco dos expostos e apresentando métodos e tecnologias adequados para o manejo das telhas de fibrocimento a partir de legislações, normas e manuais técnicos vigentes. Metodologia: estudo exploratório, com abordagem qualitativa, coleta de dados por meio de entrevistas semiestruturadas com trabalhadores telhadistas, servidores, estudantes e professores da Universidade, assim como busca das legislações vigentes associadas ao tema. A análise dos dados utilizou a técnica de categorização pela análise de conteúdo. Resultados: a pesquisa documental revelou que os dispositivos legais e normativos identificados, apesar de apresentarem diretrizes para manejo dos materiais/resíduos sólidos perigosos, responsabilidades e sanções, na prática, carecem de recursos e ações para implementá-los, política de incentivo a desamiantização, carência de áreas públicas para destinação final e fiscalização adequada. Não foi identificada perspectiva de desamiantização na Universidade, constatado o risco invisível dos expostos, a necessidade de a Instituição investir em diretrizes e medidas protetivas para manejo do material e um plano para desamiantização progressiva das suas instalações. O estudo demonstrou um cenário preocupante a saúde coletiva e degradação ambiental, mas que estimula a discussão de soluções e desenvolvimentos de novas pesquisas, explorando as particularidades das Universidades Públicas e ampliando a pesquisa no contexto nacional.