Transfigurações do Leviatã: sentidos, limites e ambiguidades do estado do bem-estar social no limiar da era neoliberal do capitalismo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Vidal, Francisco Carlos Baqueiro
Orientador(a): Zimmermann, Clóvis Roberto
Banca de defesa: Zimmermann, Clóvis Roberto, Kraychete, Elsa Sousa, Ribeiro, Maria Teresa Franco, Santos, Reginaldo Souza, Jesus, Selma Cristina Silva de
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Ciências Sociais
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23974
Resumo: Esta tese tem como propósito principal apreender os significados da ruptura da regulação exercida pelo Estado do Bem-Estar Social no capitalismo avançado durante o período 1945-1973, protagonizada pelo neoliberalismo e representada pela difusão global de amplas reformas em favor dos mecanismos de mercado, em detrimento das intervenções estatais anticíclicas e estabilizadoras, a exemplo das políticas de pleno emprego e das políticas sociais universalistas. Assim, objetiva-se compreender os múltiplos aspectos que determinam e problematizam a ressignificação do Estado capitalista nos marcos da dominância exercida pela financeirização sistêmica global. Confrontando-se o padrão de intervenção estatal atualmente vigente com a regulação outrora exercida pelo Estado do Bem-Estar Social, revelam-se os estreitos limites da presente política pública para o favorecimento da integração e coesão sociais, nos termos da legitimação dos direitos sociais e da extensão da cidadania. Os fundamentos teóricos e doutrinários do neoliberalismo, suportes do processo de reelaboração das relações Estado-sociedade, são aqui buscados e dissecados. Igualmente, as consequências sociais dos movimentos de replicação das reformas pró-mercado, executados por agentes sociais inspirados política e ideologicamente nas teses neoliberais, são aqui reveladas em sua extensão. Ao final, para além das distintas interpretações dos sentidos da regulação característica do Estado do Bem-Estar Social no capitalismo avançado, levantam-se algumas de suas limitações e ambivalências constitutivas que o impediram de exercer uma resistência mais eficaz contra a investida política que lhe foi dirigida pelo neoliberalismo.