"Síntese NINA: uma estratégia para produção de nanobastões de ouro em larga escala a partir do método mediado por semente assistido por íons prata"

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Santos, Camila Carvalho de Oliveira
• Orientador(a): Santos, Marcos Malta dos
• Banca de defesa: Santos, Marcos Malta dos , Mercante, Luiza Amim , Ferreira, Guilherme Augusto , Pereira, Madson de Godoi , Silva, Antônio Ferreira da
• Tipo de documento: Tese
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Química
• Departamento: Instituto de Química
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Nanobastões de ouro; Síntese em larga escala; Nanotecnologia
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA::QUIMICA ANALITICA
• Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/38115

A importância dos nanobastões de ouro (Au-NBs) se deve a suas propriedades ópticas, catalíticas, fototérmicas, e as suas variadas aplicações, com destaque para aplicações biomédicas. Desta forma, o presente trabalho tem por objetivo a obtenção de Au-NBs uniformes, em quantidade suficiente para avançar em várias etapas da pesquisa de aplicação, que ainda é um desafio atual. Foi proposta uma estratégia para produção de Au-NBs, em larga escala, a partir da síntese mediada por semente assistida por íons prata do Nikoobakht e El Sayed (2003), bem como a caracterização da superfície dos Au-NBs, via espectroscopia fotoeletrônica de Raios-X, para contribuir com o entendimento do papel das espécies químicas na superfície destes nanomateriais. A síntese em larga escala, nomeada NINA, foi realizada em cinco etapas. Os Au-NBs obtidos foram caracterizados utilizando as técnicas de microscopia eletrônica de transmissão (MET), espectroscopia eletrônica na região do ultravioleta e visível (UV-Vis) e XPS. Como principais resultados, destacam-se a produção de nanobastões de ouro em quantidade 100 vezes maior que o obtido pelo método de síntese clássico de Nikoobakht e El Sayed (2003). Foram calculados, desvios padrão relativo (σ) do máximo da banda plasmônica de maior intensidade, para as replicatas da síntese clássica (σ=19,5) e para frações da síntese NINA (σ=9,4), e feito um comparativo entre estes dados. Os valores de σ indicaram menor dispersão para as frações NINA que para as replicadas da síntese clássica, a partir destes e outros dados, foi possível inferir sobre a viabilidade da síntese NINA. Foi proposta uma projeção para produção, via síntese NINA, de pelo menos 800 vezes mais AuNBs que à síntese clássica. A partir dos dados de XPS, obteve-se melhor entendimento sobre o estado químico das substâncias presentes na superfície dos Au-NBs, destacando que dentre as substâncias, a prata foi encontrada em dois estados de oxidação Ag(0) (368,2 e 374,3 eV) e Ag(I) (367,4 e 373,4 eV), e estes achados contribuem para o entendimento do mecanismo de formação do AuNBs.