IMPERIALISMO LINGUÍSTICO E O PROFESSOR BRASILEIRO DE INGLÊS: DESATANDO NÓS, APONTANDO CAMINHOS.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Oliveira, Daniel Vasconcelos Brasileiro
Orientador(a): Siqueira, Domingos Sávio Pimentel
Banca de defesa: Siqueira, Domingos Sávio Pimentel, Pereira, Fernanda Mota, Ifa, Sérgio
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Letras
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Língua e Cultura
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/26656
Resumo: A língua inglesa é objeto de representações contraditórias. Ela é entendida tanto como uma língua democrática quanto imperialista. É o idioma do conhecimento, mas, também, da alienação. Ela pode abrir portas, porém pode ser usada como instrumento de exclusão. Professores de inglês nem sempre sabem como lidar com todas diferentes representações. Estudantes, pais, donos de escolas e coordenadores parecem possuir ideias ambivalentes da língua. De acordo com a teoria do “imperialismo linguístico” (PHILLIPSON, 1992, 2010), existe uma agenda oculta por trás da reprodução de representações fictícias ou exageradas do inglês. Sem se preocupar com as consequências negativas sobre outras línguas e culturas, os países hegemônicos de língua inglesa e corporações empresariais globais são responsáveis por criar, manter e aumentar a necessidade global pela língua inglesa. Tentando levar um pouco de luz ao problema, este estudo busca investigar que representações certos professores brasileiros de inglês possuem do conceito de “imperialismo linguístico” e como tais representações impactam a maneira como entendem e conduzem suas práticas profissionais. Um estudo foi conduzido com cinco professores de inglês de diferentes realidades educacionais. Os dados foram gerados através de questionários, entrevistas e grupo focal, e, posteriormente analisados e triangulados. Os resultados da pesquisa, de natureza qualitativa, indicaram que até mesmo os professores possuem representações contraditórias sobre a língua. Eles parecem, porém, compreender, em termos gerais, o que é imperialismo linguístico e como isso afeta as suas aulas. Parecem, também, capazes de pensar, intuitivamente, em estratégias locais esparsas para minimizar aspectos negativos do imperialismo linguístico. Entretanto, em virtude das diferentes ideias que pais, alunos e donos de escolas possuem da língua inglesa alguns professores relatam ter dificuldades para implementar estas estratégias.