Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
Hercog, Bruna Pegna |
Orientador(a): |
Aragão, Rita de Cássia |
Banca de defesa: |
Cappi, Riccardo,
Pereira, Maurício Matos dos Santos |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
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Programa de Pós-Graduação: |
PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/27469
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Resumo: |
No Brasil, as principais vítimas da violência são os jovens de 15 a 29 anos, negros, do sexo masculino e moradores das periferias. O processo de estigmatização das populações pobres – que se dá de diversas formas e por meio de diferentes instituições – contribui para o processo de criminalização da pobreza. Em um Estado marcado por um processo histórico de opressão e subalternização das classes pobres, as polícias respondem a uma política que comporta resquícios dos regimes autoritários reproduzindo, muitas vezes, nas ruas, uma violência física contra as classes pobres que responde à uma violência estrutural que baliza a sociedade brasileira. É vasta a produção científica sobre o fenômeno da violência urbana por meio de distintas abordagens. Neste estudo, nos propusemos a contribuir com o debate tendo como foco a análise do processo de estigmatização da juventude pobre e negra por meio da contraposição de narrativas de adolescentes jovens e policiais militares. O objetivo geral do estudo foi identificar e analisar as percepções de violência a partir da relação entre adolescentes jovens e soldados da Polícia Militar em Itinga, Lauro de Freitas (BA). Desenvolvemos um estudo de caráter qualitativo amparado numa abordagem interdisciplinar com trânsito pela Comunicação, Antropologia Urbana e Sociologia e norteado por três eixos temáticos: juventude, violência e território. O método utilizado foi a pesquisa-ação, com a utilização de rodas de diálogo e oficinas de produção textual, com posterior análise de conteúdo do corpus discursivo. Os dados nos mostram a dimensão do estigma nas vivências de adolescentes jovens e policiais militares, sendo o elemento que entrecruza suas trajetórias enquanto jovens pobres. Apontam que o estigma que associa o corpo do jovem negro e pobre a um corpo passível de violência e condiciona a atuação policial nas periferias reduz as perspectivas de futuro entre os jovens que não estão inseridos ativamente na criminalidade e reforçam a incorporação de um ethos guerreiro entre os soldados. |