Museu universitário e comunidade local: o caso do Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Rabelo, Priscila Batista
Orientador(a): Rosa, Flávia Goulart Mota Garcia
Banca de defesa: Araújo, Nerivaldo Alves, Veras, Renata Meira, Teixeira, Sidélia Santos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32427
Resumo: O presente trabalho consiste num estudo de caso cujo objetivo foi analisar as relações estabelecidas entre o Museu de Arte Sacra da Universidade Federal da Bahia e a comunidade do seu entorno. O Museu de Arte Sacra é um museu universitário de considerável relevância histórico-cultural para a cidade e para o campo das artes que se encontra fora do campus da universidade e inserido numa comunidade tradicional do Centro Antigo de Salvador. Tendo como ponto de partida a museologia social e amparado por referenciais teóricos e normativos, o estudo trabalhou com o pressuposto de que a interação entre museu universitário e comunidade é condição primordial para que o primeiro exerça verdadeiramente o seu papel como patrimônio cultural e instituição pública. É apresentado um breve panorama da origem e trajetória dos museus universitários no Brasil e no mundo, bem como da realidade dessas instituições na referida universidade. Para melhor compreensão do objeto de pesquisa, foi feita uma retrospectiva do conceito de patrimônio cultural e um histórico das políticas públicas de cultura no Brasil, com atenção especial para as políticas públicas para museus. A proposta foi refletir sobre o caráter participativo das políticas, tendo como destaque o plano museológico, instrumento de gestão obrigatório para os museus brasileiros, segundo orientação do Estatuto de Museus. Foi também realizada uma discussão dos conceitos de memória, identidade e comunidade, visto que esses se relacionam diretamente com o objeto da pesquisa. Para atender ao objetivo central do trabalho, foram realizados alguns procedimentos que pretendiam cercar o objeto a partir de diferentes perspectivas. Inicialmente, foi realizada uma análise do documento normativo do Instituto Brasileiro de Museus intitulado Subsídios para a elaboração de planos museológicos, buscando conhecer as suas proposições quanto à relação entre museu e comunidade. Em seguida, foram realizados o levantamento e a análise dos documentos normativos da Universidade Federal da Bahia e do Museu de Arte Sacra em busca de proposições similares. Com o objetivo de conhecer a percepção da comunidade acerca da interação do museu, foram entrevistados quatro representantes de instituições socioeducativas do entorno da instituição. Foi também aplicado um questionário à museóloga responsável pelo Serviço Educativo do museu para verificar sua atuação. Como contribuição para o cenário, buscou-se uma metodologia de trabalho que possa ser aplicada na elaboração de uma política para o museu que possibilite maior interação com a comunidade do entorno e que tenha como princípio norteador a participação popular. A partir desse anseio e da análise dos trabalhos mais recentes no campo das políticas e planos de cultura, o diagnóstico participativo mostra-se como possibilidade viável.