Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Cunha, Aloisio Santos da
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Orientador(a): |
Aras, Lina Maria Brandão de
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Banca de defesa: |
Aras, Lina Maria Brandão de
,
Freitas, Antônio Fernando Guerreiro Moreira de
,
Paula, Dilma Andrade de
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Pontes, Kátia Vinhático,
Silva, Rafael Sancho Carvalho da
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Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em História (PPGH)
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Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36880
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Resumo: |
Esta tese objetiva estudar a construção de uma estrada de rodagem entre os municípios de Senhor do Bonfim e Uauá no centro-norte da Bahia. A abertura de estradas de rodagem, notadamente aquelas previstas na Lei 1.847, de 28 de agosto de 1925, que instituiu o Plano Rodoviário do Estado, foi uma importante característica do governo Góis Calmon (1924- 1928) e a ampliação da malha viária baiana com estradas aptas ao uso pelo automóvel foi fundamental no processo de espacialização de várias áreas do território da Bahia, contribuindo para criar novas regionalidades que, muitas das vezes, romperam com a centralidade exercida por Salvador, ponto para onde deveriam convergir, conforme pensavam as poderosas elites da capital, todos os movimentos do estado e dos vizinhos. As elites bonfinenses e uauaenses, principalmente as primeiras, abriram uma estrada de 132 km entre as duas localidades visando facilitar a comunicação entre elas e drenar para Senhor do Bonfim, então a mais desenvolvida cidade dessa região, as mercadorias e pessoas de grande porção que ia dos limites da própria região até áreas de Sergipe, Alagoas e Pernambuco. Intentaram os grupos de poder da cidade, ampliar o controle regional exercido por Bonfim desde o século XIX sobre a região imediatamente próxima e ela e ampliá-lo até as divisas de outros estados, exercendo o virtual controle de todo o nordeste da Bahia. Neste estudo, discutimos a formação do sistema de viação baiano dos seus primórdios até a década de 1920, trabalhamos com as noções de região e hierarquias urbanas, analisamos a construção das parcerias público-privadas entre as elites interioranas e o governo estadual, observamos como essas relações se processaram em meio a conturbada política baiana da Primeira República e a forma como as elites bonfinenses se relacionaram com a política da capital, bem como procuramos entender as falhas no projeto de poder do grupo baseado em Bonfim e o legado deixado pela obra da estrada para a região. |