"Oropa, França e Bahia": a Lavage de la Madeleine, uma folia mestiça

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Fantinel, Caroline
Orientador(a): Oliveira, Paulo Cesar Miguez de
Banca de defesa: Castro, Jânio, Braga, Clarissa Bittencourt de Pinho e
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Multidisciplinar em Cultura e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/15079
Resumo: A presente dissertação analisa de que forma se dá a transnacionalização de um bem simbólico, no contexto desterritorializante e reterritorializante da globalização. No caso desta pesquisa, o “bem simbólico” é representado por uma festa popular, mais especificamente, a Lavage de la Madeleine – que acontece em Paris, capital da França e tem sua inspiração na Lavagem do Bonfim, festa popular-religiosa baiana. Para compreender esse deslocamento territorial e cultural, foi utilizado, principalmente, o ferramental da metodologia qualitativa, com consulta à fontes relevantes, bem como a observação direta das duas festas em questão. O método comparativo também foi essencial para relacionar essas duas ocasiões festivas e compreender o processo de reterritorialização da lavagem que acontece em Paris. A pesquisa sustenta-se nos eixos temáticos dos estudos da festa, globalização e transnacionalização cultural. Objetiva-se, com isso, situar a referida representação cultural neste contexto teórico, com fins de compreendê-la pela via do processo diaspórico que a forma. A conquista desse entendimento passa, também, pela análise e compreensão da noção de cultura e identidade na contemporaneidade, sobretudo, pelas suas características de fronteiras hibridizantes e mestiçagem cultural. Os resultados obtidos revelaram que a Lavage de la Madeleine, assim como indicam as teorias da transnacionalização e do transculturalismo, é formada, essencialmente, pela hibridez característica deste quadro complexo e diaspórico que a faz existir. Ainda, faz-se necessário que ela traduza a composição festiva tradicional baiana no qual se inspira, ressignificando-a com o objetivo de que seja possível a sua sobrevivência em território estrangeiro.