Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Pinto, Felipe Fontes Costa
 |
Orientador(a): |
Coelho, Maria Thereza Ávila Dantas,
Caputo, Maria Constantina |
Banca de defesa: |
Veras, Renata Meira,
Suto, Cleuma Sueli Santos,
Silva, Dejeane de Oliveira |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Estudos Interdisciplinares Sobre a Universidade (PPGEISU)
|
Departamento: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37792
|
Resumo: |
A pandemia por COVID-19 gerou impactos biopsicossociais em escala global, requerendo a realização de estudos para a sua compreensão. Nessa direção, esta pesquisa tem como objetivo apreender as representações sociais de estudantes universitários sobre a COVID-19. Os dados foram produzidos por meio de um Teste de Associação Livre de Palavras, um questionário sociodemográfico e entrevistas, em dois momentos. O primeiro consistiu na aplicação virtual do Teste de Associação Livre de Palavras e o segundo na realização das entrevistas tanto de forma virtual quanto presencial. Em ambos os momentos foi aplicado um questionário sociodemográfico. Participou da primeira etapa do estudo um total de 287 estudantes dos bacharelados interdisciplinares da UFBA e, na segunda, 34 estudantes. O teste foi realizado no período de agosto de 2021 a maio de 2022 e as entrevistas, entre novembro de 2021 e novembro de 2022. Os dados sociodemográficos foram apresentados por frequência, medidas de posição e de tendência central. Os dados do teste resultaram em um quadro de quatro casas e uma árvore máxima de similitude. A partir das entrevistas, foi produzida uma Classificação Hierárquica Descendente. Os softwares utilizados foram o Jamovi®, Evoc® e Iramuteq®. A análise dos dados foi feita com base nas técnicas da Análise de Conteúdo de Bardin e nas considerações de Jean-Claude Abric sobre a abordagem estrutural das representações sociais. Sobre os dados sociodemográficos, a maioria das estudantes é formada por pessoas negras, religiosas e por mulheres cisgêneras. O provável núcleo central da representação social sobre a COVID-19 foi composto pela ideia de que a COVID-19 gerou uma pandemia, marcada pela morte e pelo medo do adoecimento e da morte. Os elementos periféricos da representação social foram constituídos pela sensação de caos, por uma certa inquietude em relação ao governo e à presidência. Pertenceram também à zona periférica as medidas de proteção à saúde e as emoções dos participantes, como ansiedade, insegurança e tristeza. Os entrevistados destacaram que a pandemia produziu impactos em suas vidas e na sua comunidade. Eles demonstraram confiança no conhecimento científico para o enfrentamento da pandemia. Nesse contexto, o descontentamento com o governo presidencial, com suas condutas e posicionamentos políticos foi um elemento presente entre os entrevistados. Assim, a pandemia por COVID-19 desencadeou sentimentos negativos de ansiedade e medo, principalmente em relação aos membros do núcleo familiar, por conta do medo de que os familiares contraíssem a doença. Como a COVID-19 é uma doença recente, sugere-se aprofundar as suas representações sociais em estudos futuros, inclusive com outros grupos. Espera-se, com este estudo, contribuir com reflexões que auxiliem a universidade a desenhar estratégias para momentos de crise. |