Gênero, direito e transgressões religiosas: as feitiçarias e bruxarias nos tribunais monárquicos do reino de Castela nos séculos XV e XVI

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Santos, Lucas Vieira de Melo lattes
Orientador(a): Lima, Marcelo Pereira lattes
Banca de defesa: Lima, Marcelo Pereira lattes, Silva, Marco Antonio Nunes da lattes, Alvaro, Bruno Gonçalves lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História (PPGH) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35499
Resumo: As feitiçarias e bruxarias foram configuradas ao longo dos séculos baixo medievais como transgressões religiosas, sendo alvos de preocupações cada vez mais específicas, centrais e recorrentes por parte dos tribunais castelhanos. Estas práticas passaram por um processo de heresialização e seus praticantes encontravam-se cada vez mais associados ao demoníaco e ao feminino. As mulheres que possuíam saberes e praticavam ofícios ligados ao mundo da cura passaram a ser controladas e perseguidas em Castela, sobretudo a partir do começo do século XVI. Nesta dissertação, buscamos ir além das descrições e constatações estatísticas de que houve mais mulheres do que homens sendo acusadas de praticar feitiçaria e/ou bruxaria. Privilegiando a análise das cartas ejecutorias, partimos de uma problemática principal que é saber se, como e por que as diretrizes de gênero interferiram na construção da regulamentação das práticas de feitiçaria e bruxaria nas regiões ao norte do Reino de Castela sob domínio da Real Chancelaria de Valladolid nos séculos XV e XVI, buscando identificar as (des)conexões entre as relações de poder e gênero na dinâmica do direito castelhano medieval.