Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Matos, Cássio Luiz Aragão
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Orientador(a): |
Palácios, Annamaria da Rocha Jatobá
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Banca de defesa: |
Palacios, Annamaria da Rocha Jatobá,
Souza, Lícia Soares de,
Alves, Anabela Maria Gradim,
Silva Sobrinho, Helson Flávio da,
Carvalheiro, José Ricardo Pinto |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura)
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Departamento: |
Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHAC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35977
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Resumo: |
O corpo da mulher idosa jovem na cultura brasileira contemporânea é considerado um capital distintivo a ser conquistado. Neste processo, o discurso sobre a saúde perfeita, a prática da atividade física, a realização do treino funcional, a moda, o uso de produtos nutricionais, as práticas alimentares, o uso dos produtos farmacêuticos, as reposições hormonais, a realização de procedimentos estéticos e cirúrgicos, a qualidade de vida e a longevidade incorporam significados de juventude, força, beleza, aparência física, estética, juvenilização e rejuvenescimento dos corpos. A partir destes pressupostos, esta tese tem o objetivo de compreender os processos de construção das representações sociais dos corpos de mulheres idosas jovens (com idade entre 60 e 75 anos), como ressignificação da sua identidade cultural. Esta pesquisa investiga quais são as representações sociais de sete mulheres idosas jovens sobre seus corpos. A metodologia utilizada para esse estudo foi a etnografia com destaque para a pesquisa qualitativa. Utilizamos os seguintes recursos, métodos, técnicas e ferramentas: conversas formais, observação etnográfica, observação participante, entrevistas individuais, entrevistas e questionários em profundidade, entrevistas estruturadas e semiestruturadas, diário de campo, questionários com perguntas abertas e fechadas, o recurso de áudio do celular denominado “Gravação de voz”, telefonemas, o aplicativo do WhatsApp e a plataforma digital de videoconferência do Google Meet. Como resultados, a investigação revela que as práticas corporais, a moda, a alimentação adequada, a reeducação alimentar, o uso de cosméticos antienvelhecimento e toda cultura do corpo a partir das observações etnográficas, das narrativas e das análises empreendidas no nosso estudo permitem afirmar que os modos e estilos de vida da cultura do corpo, no Brasil, adotados por essas mulheres idosas jovens na cultura contemporânea são marcados por uma lógica de consumo. As representações sociais dos seus corpos na juventude são compreendidas sob os aspectos: da visibilidade, da beleza, da juvenilização, do bem-estar físico, da saúde, da ausência de doenças, da vaidade, da força, da alegria, do jogo de sedução, da magreza e da extrema preocupação com a aparência física. As representações sociais e identidades que as mulheres idosas jovens têm dos corpos no envelhecimento fazem emergir experiências relacionadas ao surgimento de doenças, dependência física, de cuidados com as doenças instaladas, falta de sexo, falta de apetite sexual, falta de sensualidade e falta de visibilidade. As mulheres idosas jovens acreditam que, na velhice, elas têm um corpo “velhofobia”. Todas as idosas mostraram-se resignadas com o corpo em processo de envelhecimento, no entanto, do ponto de vista de ganho, nenhuma relatou que prefere o corpo de hoje, o corpo velho, ao corpo jovem, do passado. |