METÁFORA DO CABIDE: CORPO E APARIÇÃO NOS DESFILES DE MODA

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: LEAHY, RENATA COSTA
Orientador(a): CIDREIRA, RENATA PITOMBO
Banca de defesa: BINET, ANA MARIA, CUNHA, KATHIA CASTILHO, MATOS, EDILENE DIAS, SANTOS, IDELETTE MUZART-FONSECA DOS, CIDREIRA, RENATA PITOMBO
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: INSTITUTO DE HUMANIDADES, ARTES E CIÊNCIAS
ÉCOLE DOCTORALE 138: LETTRES, LANGUES, SPECTACLES
Programa de Pós-Graduação: PROGRAMA MULTIDISCIPLINAR DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CULTURA E SOCIEDADE
EA 369: ÉTUDES ROMANES
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28707
Resumo: Os desfiles de moda colocam à visualidade propostas vestimentares sobre corpos humanos, geralmente os das modelos magras. No contexto contemporâneo, ora são elogiadas como cânones de beleza, ora questionadas quanto à realidade de suas formas corporais e à qualidade de sua presença e ação nas passarelas: são tidas, em muitos momentos, como cabides de roupas. Mas são elas que, aliadas às roupas, conformam figuras humanas, em atitudes que miram a composição de possibilidades de aparição. O nosso estudo se debruça sobre o processo desse por em forma, investigando os corpos vestidos de desfiles de moda, utilizando como exemplos para análise quatro marcas/designers brasileiros da edição de outubro de 2016 da São Paulo Fashion Week: Animale, Lab, Água de Coco e Ronaldo Fraga. Partimos da compreensão das visualidades apresentadas em desfiles de moda como corpos vestidos, em que corpo e roupa operam juntos para a composição da forma em possibilidades de combinações; e a capacidade cinética de corpo e roupa, elemento que dinamiza a visualidade. Nesse sentido, atentamos para essa realização dos corpos vestidos nos desfiles de moda por meio de sua ação e movimentos corporais, que são da competência de sua dimensão sensível, se relacionando, portanto, com a cultura e o espaço de maneira intersubjetiva. Tal fato nos instiga a ter em conta, no por em forma estudado, a relação dos corpos com os tipos de desfiles e seus elementos, como locação, som e adereços, toda a atmosfera simbólica da apresentação elaborada, que direciona as maneiras de aparição do corpo. Os corpos vestidos de desfiles de moda se desvelam, assim, como formas complexas, sensíveis e expressivas de vazamentos corporais.