Uma Netnografia sobre violência conjugal contra mulheres na Pandemia de Covid-19: Registros do Facebook

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Lima, Sthella Laryssa Barros Loureiro lattes
Orientador(a): Muller, Cintia Beatriz lattes
Banca de defesa: Muller, Cintia Beatriz lattes, Fernandes, Felipe Bruno Martins lattes, Sardenberg, Cecília Maria Bacellar lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Antropologia (PPGA) 
Departamento: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35107
Resumo: Nessa dissertação busco analisar, através do compartilhamento de relatos em um grupo de acolhimento às mulheres em situação de violência no Facebook, quais têm sido as categorias de violências por elas enfrentadas e os principais problemas compartilhados por elas, relacionados às suas histórias pessoais no que tange às violências conjugais enfrentadas em seus lares com seus companheiros durante a pandemia de covid-19. Por isso, proponho identificar como têm sido a convivência destas mulheres dentro das relações conjugais durante a pandemia causada pela covid-19; dados sobre práticas de violência contra mulheres; aspectos da Lei Maria da Penha, a atuação da Delegacia Digital e das Delegacias de atendimento a mulher – DEAM e; os impactos das relações de poder dentro das relações conjugais. Tal escolha se justifica devido à escassez de estudos sobre o assunto, especificamente devido à dificuldade de acesso a estas mulheres e aos processos judiciais relacionados ao tema e que correm em segredo de justiça, quer por questões normativas, quer por questões relacionadas à pandemia da covid-19. Para o acompanhamento dos relatos de violência no grupo virtual de acolhimento a mulheres, foi criado um quadro com o fluxo diário e mensal de mensagens em que reservei um espaço de tempo de duas horas diárias para que fosse possível compreender e comparar a frequência e os intervalos das mensagens compartilhadas. Os temas dos relatos foram escolhidos através da análise dos assuntos mais recorrentes e com o propósito de não expor a identidade das mulheres, os nomes das interlocutoras foram substituídos aleatoriamente por nomes comuns. Além da análise das narrativas compartilhadas em um grupo de acolhimento a mulheres vítimas de violência doméstica no Facebook, foram realizadas entrevistas com dois defensores públicos e uma defensora pública do Estado da Bahia, com a Delegada titular da Delegacia Digital de Salvador e com a Capitã responsável por uma das equipes da Ronda Maria da Penha em Salvador