Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Souza, Josicleia Oliveira de
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Orientador(a): |
Esperidião, Monique Azevedo |
Banca de defesa: |
Campos, Rosana Teresa Onocko Campos,
Santos, Liliana,
Esperidião, Monique Azevedo |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Fderal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC-ISC)
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Departamento: |
Instituto de Saúde Coletiva - ISC
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37686
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Resumo: |
A formação por residência multiprofissional em Saúde Mental está imersa nos cenários do ensino - serviço para qualificação profissional e construção teórico–prática da atenção psicossocial. Estudos observam estreita relação entre programas de residência e a Política Nacional de Educação Permanente, principalmente, ao entender que a principal ferramenta é a educação no trabalho. Trata-se de um estudo de caso, com objetivo de analisar as contribuições de um Programa de Residência Multiprofissional em Saúde Mental para a formação de sujeitos críticos no campo da atenção psicossocial. Foi trabalhada a noção de “sujeitos críticos”, com a conceituação de “sujeitos transformadores” (Testa, 1997), sujeitos da práxis (Paim, 2017), sujeitos instituintes (Nunes, 2015), além do diálogo com o suporte organizacional (Oliveira-Castro, Pilati e Borges Andrade, 1999;2005). Envolveu combinação de técnicas como, entrevistas com informantes chave e auxílio documental cedido pelo programa de residência. Esta pesquisa cumpriu as resoluções do Conselho Nacional de Saúde 466/2012 e 510/2016. Pelos dados coletados, detalhou-se os resultados e discussão por dimensões elaboradas em matriz analítica, embasadas pelo referencial teórico da pesquisa. O estudo trouxe concepções sobre Saúde Mental, reforma psiquiátrica brasileira e atenção psicossocial, na perspectiva dos sujeitos envolvidos com o programa. Analisou elementos do processo formativo, incluindo abordagem pedagógica, integração ensino-serviço e contribuições para o trabalho na RAPS, bem como, a constituição de sujeitos críticos dos egressos, incluindo aspectos do suporte organizacional para o trabalho. As contribuições do programa são apontadas pela concepção de saúde mental articulada com pressupostos da reforma psiquiátrica brasileira, apresentando em seus documentos um plano pedagógico e avaliativo propício para que os residentes reconheçam essa concepção e a pratiquem em seu trabalho. O processo formativo e a relação com o trabalho na RAPS apresentou maior densidade, na ideia de transpor aspectos formativos para o trabalho atual dos egressos. Os contrastes das respostas associados à diversidade dos campos de trabalho dos participantes, permitiram o reconhecimento da formação por residência pelos egressos, a valorização do programa na dimensão do aprendizado pela prática e a autonomia. Discutiu-se os desafios na articulação entre formação e campo de trabalho, apontando lacunas nos eixos teóricos do programa, no suporte com tutoria, dificuldade em organizar o programa na universidade, entre outras. Analisou-se a relação próxima da constituição dos sujeitos críticos e o suporte organizacional, ao concluir que há percepção dos egressos de suporte organizacional pelos gestores, no entanto, existem dificuldades para o trabalho em equipe e, disponibilidade em realizar práticas no coletivo institucional. Foram apontadas transformações operadas pelos sujeitos, na organização do trabalho e na clínica da atenção psicossocial, sob a ótica dos sujeitos da práxis (Paim, 2017), indicando existência de práticas instituintes (Nunes, 2015), modificando estruturas enrijecidas dos serviços; foram identificados sujeitos com capacidade reflexiva, dialógica, articulação política-organizacional e criticidade para reconhecer competências, limites e contradições. Comum à busca de conhecimento, outros problemas surgiram, destacando-se: a necessidade de estudos sobre a relação entre a equipe de atenção psicossocial e a disputa de modelos de cuidado antagônicos; o processo de trabalho nas equipes de saúde mental e a formação de preceptoria neste campo. |