Travestígonas: performatividade de gênero, da política e do luto no teatro de As travestidas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Sousa, Francisco das Chagas Alexandre Nunes de
Orientador(a): Colling, Leandro
Banca de defesa: Teixeira, Francimara Nogueira, Oliveria, João Manuel Calhau, Lima Neto, Djalma Rodrigues, Santos, Leandro de Paula
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos
Programa de Pós-Graduação: Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/30170
Resumo: Este trabalho defende a tese de que o coletivo artístico As travestidas, de Fortaleza, produziu intensos, potentes e amplos espaços de aparecimento para as questões trans no Ceará que serão pensados aqui como a performatividade da política gerada através de uma complexa articulação entre luto, riso, fechação, gongação, críticas ao binarismo de gênero, as dissidências sexuais, a precariedade e a arte transformista e drag no teatro. Essas articulações, motivadas pelo desejo de desobedecer às normas, nos permitem defender que As travestidas se constituem em Travestígonas. Para defender essa tese, analiso a história do coletivo, seus impactos e quatro dos seus espetáculos: Uma flor de dama (2002); Engenharia erótica: fábrica de travestis (2010); BR trans (2013) e Quem tem medo de travesti (2015). Também recorro a entrevistas com pessoas que integram o grupo e coloco todo esse material empírico em diálogo com várias obras dos estudos queer, das subjetividades, da psicanálise e das artes. Mais do que encontrar no coletivo a potência para pensar determinadas obras, conceitos e reflexões acadêmicas, ao final, a tese também oferece leituras distintas sobre essa cena artística e política. Defendo que ela não pode ser analisada e reduzida ao luto ou à melancolia, mas que provoca o que chamo de queerificação do luto e da reparação e uma heterotopia fechativo-lutuosa que aponta um queer por vir.