Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Assunção, Silvana Neves Ferraz de |
Orientador(a): |
Silva, Luciana Rodrigues |
Banca de defesa: |
Netto, Eduardo Martins,
Mattos, Ângela Peixoto de,
Andrade, Antônio Ricardo Cardia Ferraz,
Gonçalves, Marilda de Souza,
Ladeia, Ana Marice Teixeira |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Pós Graduação em Medicina e Saúde
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/29082
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Resumo: |
Introdução: A doença hepática gordurosa não alcoólica se caracteriza pela deposição intra-hepática de gordura. É a doença hepática mais prevalente em todo o mundo, afetando não apenas adultos, mas crianças e adolescentes obesos. Sua fisiopatologia não é totalmente conhecida, embora se relacione frequentemente à resistência insulínica. Esta por sua vez seria decorrente de um estado inflamatório comum à obesidade. Assim, o objetivo desse estudo foi descrever o comportamento das citocinas pró-inflamatórias, em crianças e adolescentes obesos, com e sem doença hepática gordurosa não alcoólica, bem como no metabolismo glicídico. Método: Foi conduzido um estudo transversal com 90 participantes consecutivos, na faixa etária de 8 a 18 anos, de ambos os sexos. Uma amostra de sangue em jejum foi obtida para determinações laboratoriais da glicemia em jejum e insulina basal, do Homeostasis Model Assessment Insulin-Resistance Index e dos marcadores inflamatórios TNF-alfa, interleucinas 2 e 6, interferon-gama e proteína C reativa ultrassensível. A avaliação clínica incluiu peso, altura, circunferência da cintura e pesquisa da dermatose acanthosis nigricans. O indicador índice de massa corporal para idade e sexo foi utilizado para avaliar a gravidade da obesidade. Os graus de esteatose foram determinados pela ultrassonografia. As variáveis quantitativas e qualitativas foram expressas respectivamente por medidas de tendência central e dispersão e frequências simples e relativa, usando o Statistical Program for Social Sciences, version 20.0. Valores de p < 0,05 foram considerados significantes. Resultados: Foram estudados 90 indivíduos, com média de idade 12,0 (2,72) anos, sendo 48 (53%) do sexo masculino. O índice de massa corporal para idade (IMC/i) e sexo do escore z classificou 38 (42,2%) participantes como obesos e 52 (57,7%) como obesos graves. A esteatose hepática foi identificada em 56 (62,2%) participantes e aproximadamente 90% destes apresentaram esteatose grau I. Os marcadores inflamatórios TNF-alfa e PCR se apresentaram aumentados na amostra estudada e se correlacionaram de forma positiva e estatisticamente significante com o índice de massa corporal para idade e sexo. A glicemia esteve elevada em nove participantes e em um dos casos esta medida foi de 126mg/dl e a HbA1c estava na faixa de risco para diabetes mellitus tipo 2. A hiperinsulinemia esteve presente em aproximadamente 30% dos participantes. Conclusão: A estatose hepática foi prevalente no grupo de crianças e adolescentes estudados, mas não se relacionou com os graus de obesidade. Quando comparados, os indivíduos com e sem DHGNA não apresentaram diferenças significativas nos parâmetros analisados, contudo, os obesos graves tiveram maiores níveis medianos de TNF-alfa e IL-6 (tendência de associação, p=0.059), enquanto os obesos tiveram PCR mais elevada, sugerindo a presença de um estado inflamatório subjacente à obesidade. A resistência insulínica se correlacionou de forma positiva e estatisticamente significante com a proteína C reativa nos portadores de doença hepática gordurosa não alcoólica. |