Qualidade da carne de cordeiros alimentados com dietas contendo torta de amendoim

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Bezerra, Lais Santana
Orientador(a): Barbosa, Analívia Martins
Banca de defesa: Barbosa, Analívia Martins, Carvalho, Bruna Mara Aparecida de, Freitas Júnior, José Esler de
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Medicina Veterinária e Zootecnia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Zootecnia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Cor
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31061
Resumo: Objetivou-se com esta pesquisa avaliar o efeito da substituição, na dieta, do farelo de soja pela torta de amendoim sobre a composição centesimal, as características físicoquímicas e o perfil de ácidos graxos da carne de ovinos. Foi traçada ainda a correlação entre o perfil de ácidos graxos das dietas fornecidas e a deposição de ácidos graxos na carne desses animais. Utilizaram-se 45 cordeiros mestiços Dorper × Santa Inês, nãocastrados, com 5 meses de idade, em média, e com peso vivo inicial de 24,49 ± 5,27 kg, distribuídos em delineamento inteiramente casualizado com cinco tratamentos e nove repetições. Os animais foram confinados em baias individuais e alimentados com dietas contendo torta de amendoim em substituição a zero; 25; 50, 75 e 100% do farelo de soja. Após 84 dias de confinamento, os animais foram abatidos e as carcaças refrigeradas a 4 ºC por 24 horas. Os lombos foram coletados para análises da composição centesimal (umidade, proteína, lipídios e matéria mineral) e avaliação das características físico-químicas que incluíram as variáveis pH, cor, capacidade de retenção de água, perdas por cocção e textura, e do perfil dos ácidos graxos presentes na fração lipídica. Os dados de composição centesimal, características físico-químicas e do perfil de ácidos graxos da carne foram, então, submetidos a análises de variância e regressão e foram realizadas correlações dos ácidos graxos fornecidos pela dieta com os ácidos graxos encontrados no músculo, estimando-se os coeficientes de correlação linear de Pearson. Os níveis de torta de amendoim na dieta não alteraram (P>0,05) os teores de umidade e matéria mineral da carne, cujos valores médios foram de 73,74 e 1,14% respectivamente, no entanto, houve diferença (P<0,05) nos níveis de proteína bruta e extrato etéreo, cujos teores médios foram de 23,38 e 2,15% na carne ovina. As características qualitativas do lombo (cor, textura e marmoreio) não foram influenciadas pela substituição das fontes proteicas na dieta, apresentando textura média, coloração vermelho-clara e marmoreio considerado bom. De forma similar, não houve efeito (P>0,05) dos níveis de torta de amendoim utilizados na dieta sobre o pH e a capacidade de retenção de água na carne, cujos valores médios variaram de 5,6 a 5,84 e de 59,86 a 63,41%, respectivamente. A maciez e as perdas por cozimento, assim como a cor, a luminosidade e os teores de vermelho e de amarelo, também não foram influenciadas (P>0,05) pelas dietas. O perfil de ácidos graxos da carne variou entre as dietas, comprovando efeito dos níveis de torta de amendoim na dieta sobre as concentrações dos ácidos graxos mirístico, miristoleico, palmitoleico, araquidônico e linolênico. A torta de amendoim pode ser utilizada em até 100% de substituição do farelo de soja em dietas para cordeiros em confinamento, pois essa substituição não compromete a qualidade da carne.