Colonizar o inferno, ocupar o purgatório: feitiçaria, práticas mágicas e religiosidade no Brasil colonial (século XVIII)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: Catai, Dimas Catai Santos
Orientador(a): Souza, George Evergton Sales
Banca de defesa: Reginaldo, Lucilene, Sampaio, Gabriela dos Reis
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em História
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23399
Resumo: Após a restauração do Santo Ofício em Portugal as ações desta instituição foram intensificadas no Além Mar. Enquanto vários Comissários e Familiares eram nomeados para o Brasil, as denúncias acerca das práticas cresciam de maneira vertiginosa. Apesar de ter como principal alvo os Cristãos-novos, a Inquisição não se furtava de combater ouros tipos de delito. Sendo assim, essa dissertação pretendeu observar um tanto da ação deste tribunal da fé contra africanos e afrodescendentes acusados de feitiçaria na Bahia e em Pernambuco entre finais do século XVII e XVIII. Este período não foi escolhido ao acaso. Tendo como principal marca o declínio da crença na feitiçaria, tentamos entender como as ações de “feiticeiros negros ” eram entendidas dentro deste cenário. Afinal de contas, por quais razões essas práticas eram entendidas como feitiçaria? Até que ponto elas poderiam ser enquadradas no conceito português de magia? Como estas personagens, seus clientes e denunciantes entendiam essas ações mágicas? Como o Santo Ofício entendia elas? Estas perguntas fizeram parte da construção desta dissertação. Para isso, foi fundamental o emprego de documentação pertencente ao Arquivo Nacional da Torre do Tombo e o emprego constante de processos movidos contra essa população e os famigerados Cadernos do Promotor.