Protagonismo humano-não-humano nas práticas pedagógicas.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Silva, Patrícia Maria da
Orientador(a): Pretto, Nelson De Lucca
Banca de defesa: Freire, Isa Maria, Lemos, André Luiz Martins, Couto, Edvaldo, Barbosa, Jonei Cerqueira, Ficoseco, Verónica Sofía, Pretto, Nelson De Lucca
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Educação
Programa de Pós-Graduação: em Educação
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32246
Resumo: O objetivo geral da tese foi compreender relações humanas-não-humanas nas práticas pedagógicas sob o guarda-chuva das teorias pós-humanas, baseado na sociomaterialidade e utilizando a Actor-Network Theory. Uma das principais tarefas deste trabalho foi colocar o protagonismo humano-não-humano nas práticas pedagógicas, nos mostrando redes de interações sociotécnicas, com o objetivo de (des)individualizar e superar a perspectiva exclusivamente humana. Este nivelamento ontológico derivou das observações empíricas da controvérsia Escola sem Partido. Metodologicamente utilizamos a pesquisa pós-qualitativa fundamentada numa visão não-antropocêntrica, desmascarando as maneiras pelas quais estamos enraizados em ideologias humanistas. Dialogamos com a etnografia das redes sociotécnicas e com a cartografia de controvérsia, como forma de conhecer nossa realidade. Identificamos transformações pedagógicas emergindo ou entrando em existência no encontro de todos os atores envolvidos: cartaz, projeto de lei, professores, políticos, estudantes, materiais didáticos, ideias, práticas educacionais. A influência dos artefatos como atores sociais revelaram poderes que são pouco reconhecidos nas pesquisas educacionais e que afetaram com autoridade as práticas pedagógicas. Sob essa compreensão, somos capazes de reconhecer a agência igualitária e distribuída de todos os elementos humanos e não-humanos nas práticas pedagógicas e constatar como a Educação é montada como uma rede de práticas. As práticas pedagógicas, numa visão pós-humana, são atividades mais-que-humanas, realizadas em redes sociotécnicas, que interagem e formam alianças, vínculos, performances e poder, a partir de determinadas atividades instituídas. Trazer à superfície os arranjos e vínculos, as traduções, as performances políticas nas associações humanos-não-humanos abriu possibilidades para desterritorializar e reterritorializar o espaço social constituído no cruzamento de seus próprios interesses, pois pessoas, discursos, práticas, objetos/coisas, natureza, etc., são associações inseparáveis.