Carnaval de Salvador: Mercantilização e Produção de Espaços de Exclusão, Segregação e Conflito/

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2002
Autor(a) principal: Dias, Clímaco César Siqueira lattes
Orientador(a): Silva, Maria Auxiliadora da
Banca de defesa: Silva, Maria Auxiliadora da, Serpa, Angelo S. Perret, Serra, Ordep José Trindade
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO) 
Departamento: Instituto de Geociências
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39293
Resumo: O carnaval moderno de Salvador sucede ao entrudo no final do século XIX, adotando, de início, modelos importados dos carnavais europeus. Entretanto, mesmo nessa fase, já conseguia imprimir a sua marca através das entidades que vinham à rua trazendo motivos africanos e que, mais tarde, seriam conhecidas como Afoxés. Ao longo do século XX, o carnaval foi incorporando as mais variadas manifestações culturais do lugar, embora isso sempre tivesse sido motivo de intensas disputas de classe e de etnias. Por isso, é possível afirmar que a festa, mesmo expressando as mais legítimas representações dos habitantes da cidade, sempre foi um palco de intensos conflitos que resultavam em exclusões e segregações, principalmente da população pobre e negra. A depender de fatores políticos, econômicos e de apropriação das técnicas, no carnaval sempre se alternaram momentos em que se davam com maior ou menor intensidade. Esta pesquisa tem como objeto de análise o período que abrange desde meados da década de 1980 até o momento atual, tendo essa escolha devido-se, basicamente, ao fato de que é nesse período que se aguçam vários conflitos decorrentes do crescimento exponencial da festa e da sua crescente transformação no espaço mercantil.