Professores não habilitados e o ensino em áreas correlatas: efeitos sobre o rendimento das escolas brasileiras

• Ano de defesa: 2022
• Autor(a) principal: Severino, José Jorge
• Orientador(a): Lombardi Filho, Stélio Coêlho
• Banca de defesa: Lombardi Filho, Stélio Coêlho, Andrade, Cláudia Sá Malbouisson, Souza, Wallace Patrick Santos de Farias
• Tipo de documento: Dissertação
• Tipo de acesso: Acesso aberto
• Idioma: por
• Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
• Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGECO)
• Departamento: Faculdade de Economia
• País: Brasil
• Palavras-chave em Português: Professor não habilitado; Áreas correlatas; Rendimento escolar
• Área do conhecimento CNPq: CNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADAS::ECONOMIA::METODOS QUANTITATIVOS EM ECONOMIA::METODOS E MODELOS MATEMATICOS, ECONOMETRICOS E ESTATISTICOS
• Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35421

Esta Dissertação analisou os efeitos de professores não habilitados sobre as proficiências em Língua Portuguesa e Matemática das escolas brasileiras. Considera-se como não habilitado o docente que leciona uma disciplina sem possuir formação adequada e conhecimentos específicos para tanto. Neste sentido, foram realizadas três análises: i) Análise Restrita - Formação específica (AR); ii) Análise de Áreas Correlatas 1 - Grandes Áreas do Conhecimento (AC1) e; iii) Análise de Áreas Correlatas 2 - Componentes curriculares dos cursos de graduação (AC2). A estratégia empírica empregada consistiu na estimação de modelos de Regressão Quantílica para Dados em Painel. Os resultados encontrados evidenciam que as escolas dos quantis inferiores, em quase todos os casos, são as que têm suas proficiências mais afetadas quanto maior for o percentual de professores não habilitados. Além disso, este efeito se intensifica à medida que estes profissionais lecionam com formações não enquadradas nas grandes áreas do conhecimento ou nos componentes curriculares dessas mesmas disciplinas. Portanto, os resultados deste estudo mostram que as análises graduais realizadas (AR, AC1 e AC2) podem ser utilizadas como critério de alocação dos professores às turmas, de modo a garantir que os alunos sejam acompanhados por profissionais que, mesmo não estando lecionando na sua disciplina de formação, em algum momento da sua formação superior tenham tido contato com matérias condizentes ao ensino de Língua Portuguesa ou Matemática.