Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Misi, Márcia Costa
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Orientador(a): |
Mendes, José Aurivaldo Sacchetta Ramos
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Banca de defesa: |
Mendes, José Aurivaldo Sacchetta Ramos
,
Rocha, Julio Cesar de Sá da
,
Prado, Alessandra Rapacci Mascarenhas
,
Lima, Adriana Nogueira Vieira
,
Neves, Raphael César da Silva |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Direito (PPGD)
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Departamento: |
Faculdade de Direito
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35138
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Resumo: |
Neste trabalho, a abordagem sobre a interpretação conferida pelo STF, em decisão de 2010, à Lei nº 6.683 de 28 de agosto de 1979 (Lei de Anistia), que chancela a impunidade dos crimes praticados por agentes estatais da repressão política, é realizada a partir de uma análise à luz da disputa de memórias sobre a ditadura e do embate sobre o sentido dos direitos humanos. Para enfrentar esse tema foram formuladas as seguintes perguntas norteadoras: (1) Como o exame da Lei de Anistia pelo STF recepcionou a batalha de memórias sobre a ditadura instalada no Brasil em 1964? (2) Qual a relação entre esse confronto de memórias e a disputa em torno do sentido dos direitos humanos? (3) A decisão pela impunidade foi capaz de encerrar o debate sobre o passado autoritário? O percurso da tese para responder a esses questionamentos começou por estabelecer o recorte com que a memória é compreendida como categoria que permeia toda a análise empreendida na tese. A seguir, destacou-se o contexto histórico-político em que estão inseridas as disputas sobre o sentido da anistia de 1979, qual seja, o do debate acerca da justiça de transição. Depois disso, considerou-se o contexto hermenêutico oferecido pelo paradigma cosmopolita dos direitos humanos, tendo em vista que ele serve como base das críticas mais contundentes contra tal julgado. Nessa parte, abordou-se a construção da normatividade internacional de proteção aos direitos humanos sobre atrocidades cometidas por agentes estatais sob a perspectiva da memória. A partir dessas premissas foi examinada a judicialização do debate sobre o alcance da Lei de Anistia, começando pelo caminho para a propositura da ADPF nº 153, analisado a partir das memórias da ditadura em disputa; em seguida examinou os votos que compuseram a decisão final, de modo a verificar se houve adesão a uma memória específica, entre várias em disputa, a memória conciliada da ditadura; por fim debruçou-se sobre a repercussão dessa decisão quanto ao seu propósito de promover a pacificação nacional, encerrando, com impunidade dos agentes da repressão, o debate sobre a violência da ditadura. |