Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Lessa, Diogo dos Santos
 |
Orientador(a): |
Zamparoni, Valdemir Donizette
 |
Banca de defesa: |
Figueiredo, Fábio Baqueiro
,
Zamparoni , Valdemir Donizette
,
Macedo, José Rivair
,
Lima, Ivaldo Marciano de França |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa Multidisciplinar de Pós-Graduação em Estudos Étnicos e Africanos (PÓS-AFRO)
|
Departamento: |
Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH)
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36118
|
Resumo: |
Nesse trabalho se analisa a participação das ciências enquanto produtoras de discursos que deram legitimidade e ajudaram a efetivar o colonialismo português no continente africano a partir de meados do século XIX. Nesse contexto, interessa saber como os conceitos de aclimatação e insalubridade se entrelaçam com a construção das assimetrias entre as raças humanas que organizou todo esse processo. Para isso, são analisados os trabalhos de dois cientistas e pesquisadores portugueses que publicaram no final da década de 1870: Manuel Ferreira Ribeiro e Joaquim Pedro de Oliveira Martins. Utilizando conceitos parecidos, como colonização, aclimatação e (in)salubridade, esses autores propuseram projetos de dominação dos territórios do continente africano bem diferentes. Enquanto o primeiro acreditava na possibilidade de promover uma ocupação maciça de portugueses nas colônias, superando as dificuldades do meio ambiente considerado inóspito, verdadeiro “túmulo do homem branco”; o ultimo propunha um modelo de exploração que buscava diminuir a presença portuguesa em territórios que considerava mortais. Apesar de divergentes, esses discursos deram sustentação ao colonialismo português em terras africanas, determinando a forma como a ocupação e exploração colonial se sucederam nas décadas seguintes. |