Estrutura produtiva local, interações espaciais e produtividade industrial no Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: Lira, Vitor Carvalho
Orientador(a): Santos, Gervásio Ferreira dos
Banca de defesa: Jesus, Cleiton Silva de, Santos, André Luís Mota dos
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Economia
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Economia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21242
Resumo: O objetivo deste trabalho é analisar como a estrutura produtiva local e o potencial de interação espacial entre as microrregiões brasileiras contribuem para explicar os diferenciais de produtividade locais na indústria de transformação nacional. As projeções em relação à urbanização em todo o mundo mostram que cada vez mais as pessoas estão vivendo nas cidades. Além disso, também cresce a participação da população mundial urbana que reside nas grandes cidades. As grandes áreas urbanas concentram grande parte da atividade econômica, com salários superiores e crescendo a taxas mais elevadas que as demais localidades. Isso sugere que as aglomerações urbanas dão surgimento a externalidades de escala positivas para as firmas locais, implicando em ganhos de produtividade, que resultam nos salários mais elevados observados nessas cidades. O presente trabalho parte da literatura recente das áreas de Economia Urbana e Nova Geografia Econômica (NGE), e toma os fundamentos das teorias de Marshall (1890) e Jacobs (1969), para discutir, respectivamente, o papel da especialização e diversificação produtiva sobre as economias de aglomeração. Isso dá origem às respectivas hipóteses de externalidades de localização/MAR e de urbanização/Jacobs. Desse modo, o trabalho levanta a discussão a respeito das origens das economias de aglomeração para explicar o efeito da estrutura produtiva local, conjuntamente às interações espaciais entre as microrregiões brasileiras, sobre a concentração e a divergência econômica regional de produtividade no Brasil. A investigação empírica é realizada para a indústria de transformação em geral e segmentada para diferentes níveis de intensidade tecnológica dos setores. Os resultados gerais apontaram para a existência das economias de aglomeração urbanas, prevalecendo o efeito das externalidades de localização/MAR. A segmentação por nível de intensidade tecnológica mostrou que essas externalidades foram superiores para os setores de baixa e média-baixa intensidade tecnológica. Para os setores de alta e média-alta intensidade tecnológica prevaleceram majoritariamente as externalidades de urbanização/Jacobs. As interações espaciais, em geral, reforçam o efeito das economias de aglomeração provenientes da especialização e da diversificação setorial, mas com o efeito das externalidades de localização/MAR significativamente maiores. De um modo geral, a maior facilidade para a interação espacial aponta para o fortalecimento de ganhos de aglomeração, mais pronunciados na direção da especialização produtiva, e com tendência de estimular a formação de potenciais redes de produção local.