Relações de investimentose comércio entre o Brasil e a China no contexto da rápida expansão chinesa e da trajetória recente da economia brasileira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Paiva, Dênis Mateus de
Orientador(a): Souza, Antônio Renildo Santana
Banca de defesa: Wanderley, Livio Andrade, Pinto, Eduardo
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Economia
Programa de Pós-Graduação: Mestrado em Economia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/16463
Resumo: As últimas décadas apresentaram grandes mudanças para o cenário político-econômico de China e Brasil. O processo de abertura política e econômica conduziu China a um vigoroso crescimento econômico, que há três décadas apresenta índices elevados, superando as taxas apresentadas por economias dos países desenvolvidos. Esse processo possibilitou o ressurgimento da China como potência global. O Brasil - após o período de abertura econômica, conduzido a partir do final dos anos 1980, e de estabilização monetária, regida a partir de meados dos anos 1990 - chegou aos anos 2000 sob os olhares internacionais, que guardavam expectativas quanto a realização de investimentos e relações de comércio com o país. O ano de 2001, marcado pela entrada da China na Organização Mundial do Comércio, representou para Brasil e China uma mudança completa nas relações bilaterais entre as duas nações: o comércio entre eles apresentou um salto, efeito semelhante ocorrido com o fluxo de investimentos, onde cada vez mais empresas chinesas desembarcam no Brasil e empresas brasileiras pegam rota contrária. Em pouco mais de uma década a China se tornou o maior parceiro comercial brasileiro no mundo, sendo capaz até mesmo de influenciar diretamente na pauta exportadora do país. Neste ponto surge a questão da desindustrialização brasileira no contexto das vantagens econômicas e comerciais chinesas. As exportações chinesas de manufaturados exercem forte concorrência aos produtos brasileiros, seja no mercado interno do Brasil ou em terceiros mercados. A indústria brasileira tem passado por grandes dificuldades em face desses novos desafios lançados, entre outras razões, pela presença dos produtos chineses, produzidos em condições e padrões diferenciados que lhes conferem alta competitividade, nos marcos da nova divisão internacional do trabalho. Em virtude disso, e também para atender o colossal mercado interno chinês, de certo modo, os produtores brasileiros tem optado por produzir bens primários, que lhes tem conferido vantagens competitivas. A ameaça à indústria brasileira, representada pela expansão comercial e pelos investimentos chineses no mundo, serve de provocação para que o governo brasileiro busque estratégias capazes de defender a sua indústria nacional e também de permitir que esta evolua o necessário para poder competir em condições razoáveis com as firmas chinesas em nível global e também no próprio âmbito nacional.