Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Araújo, Walisson Angélico de
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Orientador(a): |
Cardoso Filho, Jorge Luiz Cunha
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Banca de defesa: |
Sousa, Francisco das Chagas Alexandre Nunes de
,
Colling, Leandro
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Cardoso Filho, Jorge Luiz Cunha
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Comunicação e Cultura Contemporâneas ( POSCOM)
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Departamento: |
Faculdade de Comunicação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39995
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Resumo: |
A partir do encontro com a arte de João do Crato emergiram sensibilidades que possibilitaram refletir sobre o território e a identidade do Cariri cearense. A metodologia incluiu uma cartografia sentimental para dar passagem aos afetos emergentes durante o acompanhamento dos processos subjetivos do artista. Buscou-se perceber e compreender os processos comunicacionais e políticos produzidos pelas práticas corporais do artista. Ao longo da pesquisa, novas sensibilidades e afetos surgiram no encontro com Rondinele Furtado com a sua drag Transrústica e Marciano Souza, com a sua drag cantora, a Mc Amana. Houve a hipótese de que a construção estética (a partir das expressões corporais, artefatos e registros) dos artistas desestabilizavam o comum acerca do território e da identidade. Conceitos como performance e artivismos das dissidências sexuais e de gênero auxiliaram a compreender se essas pessoas tensionavam a memória hegemônica sobre o Cariri. Sendo assim, os diálogos com os artistas revelaram que suas expressões ampliaram as concepções comuns sobre saberes e práticas do Sul do Ceará, especificamente de Juazeiro do Norte e Crato. Pelos diálogos com os artistas, aprendeu-se também sobre resistência e a importância da pluralidade de narrativas na construção da identidade regional. Como principais resultados, os artistas ensinaram sobre seus limites e disputas políticas por meio da arte, demonstrando a potência libertadora e educativa da arte (João do Crato), a importância da demarcação da existência e da mensagem que pode ser deixada (Transrústica), e, por fim, ao compartilhar conhecimentos e reivindicar direitos básicos também através da arte (Mc Amana). Apontando assim, também, para a reivindicação por espaço da experiência do corpo na comunicação e na cultura, refletindo sobre o potencial das corporeidades na produção de conhecimentos e práticas políticas potentes para a ampliação de limites naturalizados através da interação entre repertórios culturais e arquivos. |