A FORMAÇÃO INICIAL NA PSICOLOGIA ESCOLAR: ATUAÇÃO, PERSPECTIVAS E DESAFIOS DA PROFISSIONALIZAÇÃO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: GONCALVES, MARIANNE OLIVEIRA
Orientador(a): VERAS, RENATA MEIRA
Banca de defesa: MAIOLI, EDILENE EUNICE CAVALCANTE, RIBEIRO, JORGE LUIZ LORDELO DE SALES, RESSURREIÇÃO, SUELI BARROS
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Instituto de Humanidades, Artes e Ciências
Programa de Pós-Graduação: Estudos Interdisciplinares sobre a Universidade
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/28064
Resumo: No Brasil, os estudos sobre a formação do psicólogo escolar vêm ganhando força nos últimos anos devido, especialmente, à necessidade de ressignificação da relação entre a psicologia e a educação. Inicialmente, essa relação teve como objetivo identificar e tratar as crianças que não se adequavam ao modelo formal de escolarização. Somente a partir dos anos 80, a psicologia escolar crítica redirecionou seu objeto de estudo, pensando o fracasso escolar enquanto fenômeno multifatorial. Na formação do psicólogo escolar, os estágios profissionalizantes são vistos como experiências formativas essenciais no fortalecimento das perspectivas críticas e do compromisso social dos graduandos de psicologia. Nesse prisma, o presente trabalho buscou identificar as concepções teóricas e ações desenvolvidas durante os estágios profissionalizantes em psicologia escolar na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia, considerando aspectos como estrutura curricular, supervisão de estágio e interesses individuais. Para tanto, inicialmente, foi realizada a análise da matriz curricular do curso de psicologia pesquisado. Esta análise apontou que a nova matriz, baseada nos Bacharelados Interdisciplinares, ofertou maior fluidez e flexibilidade ao percurso formativo na graduação, incluindo componentes curriculares de cunho social, ético e humanístico. Posteriormente, na fase de levantamento dos dados, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com oito alunos matriculados nos estágios no ano de 2017. Este material foi transcrito e analisado sob a ótica da análise de conteúdo de Laurence Bardin. O resultado da análise das entrevistas sugere o predomínio das teorias críticas da psicologia escolar nos estágios profissionalizantes e o desenvolvimento de ações alternativas à tríade encaminhamento-diagnóstico-intervenção. Outras análises apontam para os desafios da psicologia escolar nos estágios, sendo eles: A distorção sobre a função do psicólogo na escola; A permanência e predomínio da queixa escolar; E as dificuldades relacionadas aos aspectos curriculares (carga-horária, disciplinas e ênfases). Conclui-se com a necessidade de desenvolvimento de mais pesquisas que contemplem a formação do psicólogo escolar nos estágios profissionalizantes como forma de superação das práticas individualizantes na escola.