Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Francisco, Pedro |
Orientador(a): |
Almeida, Paulo Fernando de |
Banca de defesa: |
Chinalia, Fábio Alexandre,
Nunes, José Ferreira |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Ciências da Saúde
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Programa de Pós-Graduação: |
Biotecnologia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/23515
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Resumo: |
O acentuado crescimento do agronegócio implicou no aumento do consumo de insumos e na geração de resíduos nas atividades agropecuária e agroindustrial. Nos grandes centros urbanos do litoral brasileiro, por exemplo, 70% de lixo verde são constituídos por poda de árvores e resíduos de coco verde, criando um sério problema para os aterros sanitários. Os primeiros resultam da poda das árvores da cidade pelas companhias de energia elétrica e os últimos resultam do consumo da água de coco verde. O mercado de coco verde tem crescido mundialmente nos últimos anos principalmente nos países de clima tropical, devido à valorização de alimentos saudáveis e naturais. Os resíduos do coco verde levam de 8 a 10 anos para se decompor e a sua incorreta destinação leva a que se constituam em focos de insetos, geração de gases mal cheirosos e de efeito estufa. Desta forma, o presente trabalho destinou-se a compostagem de resíduos sólidos vegetais tendo como matéria prima poda de árvores e coco, ambos verdes, provenientes da zona urbana de Salvador para produção de adubo e/ou ração para ruminantes. Os resíduos foram selecionados baseando-se na sua viabilidade, levando em consideração a origem, tamanho e estado de maturidade. Foi feito balanço de massas mediante a adição de minerais de baixos teores e ajuste da relação C/N pela adição de uréia em proporções diversificadas. Também se adicionou micro-organismos provenientes de compostagem anterior de poda de árvore e proveniente da biomassa em compostagem. Foram isolados e inoculados micro-organismos celulolíticos e nitrificantes presentes no bioprocesso. Efetuou-se monitoramento e controle dos teores de umidade, temperatura, emissão de amônia e pH. O resultado revelou que a inoculação com micro-organismos celulolíticos e nitrificantes e o enriquecimento com compostos de fósforo e cálcio acelerou a compostagem do resíduo de coco verde e poda de árvore, no entanto, a compostagem ocorreu de forma parcial, em particular sobre o pó, dado que parte da fibra de coco não está sendo degradada. Os tratamentos cuja relação C/N foi reduzida para 30/1 e enriquecidos com minerais de baixos teores na concentração de 1,16%, 0,98% e 0,32% para KH2PO4, Na2HPO4 e CaCO3, respectivamente, compostaram em menor tempo, sendo que o processo decorreu de forma mais satisfatória quando o volume do resíduo era maior. Contudo, apesar da elevada qualidade nutricional que o composto apresenta ainda não pode ser usado como ração devido à elevada concentração de fibras que pode trazer conseqüências para a saúde dos animais. Contudo, poderá ser utilizado como adubo, pois atende às exigências oficiais para essa finalidade. |