Concentração bancária e restrição de crédito para as micro e pequenas empresas no Brasil.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Carmo, Tyago Oliveira lattes
Orientador(a): Santos, Gervásio Ferreira
Banca de defesa: Santos, Gervásio Ferreira dos, Santos, André Luís Mota dos, Cajueiro, Daniel Oliveira, Santos, Renan Ribeiro Souza, Pereira, Rogério
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Economia (PPGECO) 
Departamento: Faculdade de Economia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/35128
Resumo: O objetivo desta tese é analisar o efeito da concentração do sistema bancário a nível local sobre as condições de crédito e a lucratividade das micro e pequenas empresas no Brasil. Uma parte da literatura de finanças indica que o monopólio bancário aumenta as restrições de crédito para as firmas menores. No entanto, a literatura de relação credor-devedor sinaliza que as grandes corporações financeiras melhoram as condições crédito. Desse modo, não há consenso entre os pesquisadores acerca dos impactos do poder de monopólio no acesso ao crédito. Todavia, a concentração bancária e a heterogeneidade regional no Brasil favorecem a análise dos efeitos do poder de monopólio sobre as condições de financiamento das micro e pequenas empresas a nível de municípios. Diante da literatura e das caracteríticas econômicas e espaciais da economia brasileira, será estimado um conjunto de modelos para explicar a dinâmica de crédito para as empresas de menor porte. As primeiras análises verificam se o poder de monopólio dos bancos exerce impacto sobre as condições de crédito e a lucratividade das micro e pequenas empresas. Os resultados apontaram para um maior racionamento de crédito a estas firmas. Perante estas evidências, a segunda análise observou porque os bancos não flexibilizam as restrições de crédito diante do poder de monopólio do setor. Para tanto, o trabalho verificou as hipóteses de eficiência dos setores bancário e jurídico. Os indicadores sinalizaram para índices de ineficiência tanto bancário quanto jurídico. Todavia, os níveis de ineficiência nos custos dos bancos podem está correlacionados às caracteristicas espaciais. A literatura de economia regional indica que a distância espacial entre a sede e a filial das instituições financeiras gera custo de agência. Logo, os resultados da terceira etapa mostraram que o aumento da distância entre o município sede e filial dos bancos elevam os custos de crédito. Portanto, a flexibilização nas condições de crédito para micro e pequenas empresas no Brasil depende da maior competição entre bancos, combinada ao desenvolvimento do mercado bancário a nível regional, bem como, da melhora nos níveis de eficiência do setor jurídico.