Adaptação de bens culturais tombados para uso como museus: resultados para o patrimônio arquitetônico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fernandes, Ana Veronica Cook
Orientador(a): Andrade Júnior, Nivaldo Vieira de
Banca de defesa: Andrade Júnior, Nivaldo Vieira de, Viana, Lídia Quièto, Carsalade, Flávio de Lemos, Klüppel, Griselda Pinheiro
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Faculdade de Arquitetura
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32709
Resumo: A presente pesquisa investiga a relação entre a adaptação do patrimônio arquitetônico brasileiro a um novo uso museológico e a preservação dos valores culturais desses bens. São analisadas 23 intervenções de implantação de museus com acervo próprio, no território nacional, em sedes construídas originalmente para abrigar outros usos e adaptadas ao uso museológico a partir da década de 1990, e protegidas legalmente e individualmente como bem cultural. Os impactos identificados das adaptações na arquitetura preexistente são agrupados em impactos externos, destacando-se situações de alterações pontuais, ampliações externas e construção de anexos; impactos internos, tratando do tamponamento de vãos, alterações na compartimentação, alterações no tratamento de superfícies e inserção de novos elementos, assim como da sobreposição da expografia à arquitetura; e os impactos nos fluxos de circulação, consistindo ora em alterações pontuais, ora em modificações mais expressivas. A análise de cada impacto é feita à luz de quatro princípios da corrente teórica do restauro crítico-conservativo: a preservação da imagem da obra, a mínima intervenção, a distinguibilidade e a unidade monumento e ambiente. Como resultado, evidenciam-se sejam os impactos que mais frequentemente prejudicam a preservação dos valores culturais do nosso patrimônio arquitetônico na adaptação a novos usos, sejam estratégias positivas de conciliação das novas demandas com a preexistência. Coloca-se em discussão, por fim, a aplicação rígida e literal de princípios teóricos ao se conceber uma intervenção sobre o patrimônio arquitetônico, apontando-se a necessidade de interpretação de tais princípios, conforme os condicionantes apresentados em cada situação.