O que pode uma ecodrag? Processos criativos “cuier”, potências de vida e poéticas ecobiográficas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Paulino, Leonardo Augusto
Orientador(a): Fernandes, Ciane
Banca de defesa: Borges, Paula Alice Baptista, Vieira, Alba Pedreira, Serrano, Leonardo Jose Sebiane, Silva, Carlos Alberto Ferreira da
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/32566
Resumo: Essa tese busca refletir sobre o processo criativo e identitário de Leona_do Pau___. Partindo de minha prática artística procuro estabelecer articulações sobre o conceito de ecodrag como potência de vida, verificando a necessidade de discutir sobre processos de construção identitária por intermédio da arte da performance, criando desvios e tensões aos padrões e configurações rígidas de subjetividades e sexualidades na contemporaneidade. Busquei evidenciar a ampliação dos afetos como força motriz para a criação de uma ecodrag, valorizando as experiências e os encontros como trajeto para suplementar as relações entre arte e vida, movimento e escrita, corpo e ambiente. Essas implicações são estimuladas através da experimentação de práticas somático- performativas, mais especificamente, uma pesquisa somático-performativa. Durante esta investigação realizei um exercício ensaístico, uma narrativa, a qual nomeei como ecobiografia, a escritura de vida como tentativa para a potencialização dos movimentos de força contra processos de categorização e normatização dos corpos. Todas essas ações são ecoadas a partir da realização de processos criativos “cuier” (queer), apontando para possíveis zonas de desconstrução e subversão através de uma perspectiva da teoria cu. Esses movimentos são agenciados durante essa re-escrita, fragmentada dentro de um todo integrado, por meio de aforismos, a fim de dilatar a autonomia do corpo, as produções de afetos e a criação de corpos éticos/políticos/estéticos. A organização teórica da tese funciona como criação de uma comunidade envolvida por Leona_do Pau___ , como exercício de tradução dos movimentos deste corpo no mundo. Essa perspectiva teórica alinha-se com autores que produzem as experiências de pensamento como forma de vida, como Nietzsche, Spinoza, Foucault, Derrida e Deleuze, além de abrir espaços para a produção de autorxs que abordam o corpo como fluxo, experiência e imanência, como Judith Butler, Paul Preciado, Ciane Fernandes, Suely Rolnik, Paco Vidarte, Guacira Lopes Louro, entre outrxs.