Acurácia do índice tornozelo-braquial no rastreamento da doença arterial periférica em pessoas com diabetes

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cerqueira, Monique Magnavita Borba da Fonseca lattes
Orientador(a): Pimentel, Magno Merces Weyll lattes
Banca de defesa: Pimentel, Magno Mercês Weyll lattes, Araújo, Marcelo lattes, Santos, Vanessa Prado dos lattes, Giuffrida, Fernando de Mello Almada lattes, D'Oliveira Júnior, Argemiro lattes
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Pós-Graduação em Ciências da Saúde (POS_CIENCIAS_SAUDE) 
Departamento: Faculdade de Medicina da Bahia
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40897
Resumo: Introdução: A doença arterial periférica (DAP) é uma condição prevalente que, embora resulte em complicações periféricas, também se caracteriza como uma condição sistêmica, afetando a morbimortalidade cardiovascular. O índice tornozelo-braquial (ITB) é uma ferramenta que possui boa acurácia, mas pode ter baixa sensibilidade, especialmente no rastreamento em pessoas com diabetes, devido à ocorrência de calcificação arterial nessa população. Evidências sobre a performance do ITB em indivíduos assintomáticos com DM são limitadas e não refletem a diversidade das populações comunitárias. Objetivo: Avaliar a acurácia do índice tornozelo-braquial no rastreamento da doença arterial periférica em pessoas com diabetes mellitus em um contexto comunitário. Casuística, Material e Métodos: Foi conduzido um estudo observacional de acurácia diagnóstica envolvendo indivíduos com DM em um contexto comunitário. Dados primários foram obtidos por meio de entrevistas estruturadas que incluíam informações sociodemográficas e avaliações clínicas subsequentes. O ITB foi medido, e o duplex scan foi utilizado como padrão de referência. A análise descritiva apresentou variáveis categóricas como percentuais e contínuas como médias com desvios-padrão ou medianas com intervalos interquartis. Foram analisadas a sensibilidade, especificidade, valores preditivos positivo e negativo (VPP e VPN), e razões de verossimilhança (RV+ e RV-) do ITB. Resultados: Entre os 105 participantes, a idade média foi de 58,5 anos, predominando o sexo feminino (76,2%). Um total de 75,2% tinham DM diagnosticado há menos de dez anos. Cerca de 15,2% aderiam ao tratamento medicamentoso. Claudicação intermitente ocorreu em 7,6%. Apenas 1,9% tinham úlceras de pé diabético e 3,8% apresentavam alguma amputação. A sensibilidade plantar protetora estava presente em 72,4%. No estudo de acurácia, 194 membros de 99 participantes foram avaliados, com prevalência de DAP de 15,98%. O ITB demonstrou uma acurácia de 87,63%, com sensibilidade de 35,48%, especificidade de 97,55%, VPP de 73,33%, VPN de 89,83%, RV+ de 14,46 e RV- de 0,66. Conclusões: Os achados sugerem que um resultado normal do ITB reduz, mas não elimina a possibilidade de DAP. A adoção de abordagens diagnósticas adicionais pode ser essencial para aumentar a eficácia do rastreamento de DAP nesse grupo. Reconhecer as limitações do ITB e discutir estratégias de identificação mais precisas é crucial para um manejo eficaz da condição.