Processos de Criação em Improvisação: Experiências artístico-pedagógico na Escola Zajana Danza

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: BUSAID, Ana Milena Navarro
Orientador(a): MARTINS, Suzana Maria Coelho
Banca de defesa: NUNES, Sandra Meyer, AMOROSO, Daniela
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Escola de Teatro
Programa de Pós-Graduação: em Artes Cênicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/21757
Resumo: Esta pesquisa é uma investigação que explora a improvisação em/com dança a partir do estudo descritivo, analítico e reflexivo sobre os processos artístico-pedagógicos da Escola Zajana Danza da Cidade de Bogotá, Colômbia. O intuito deste trabalho é gerar um material teórico para apontar aspectos relacionados com a improvisação, especialmente sobre o desenvolvimento do processo criativo e suas implicações no ensino e na arte. Nos últimos cinco anos, atividades de improvisação em espaços alternativos, como, por exemplo, ruas, parques, shoppings e etc, provocaram significativos resultados na trajetória artística dos estudantes, ressaltando a importância do treinamento em improvisação e a inclusão de pessoas de diversas técnicas com ou sem formação profissional em dança. Através da abordagem da criação como processo em forma de rede (SALLES, 2008), o objetivo desta pesquisa é expor e analisar as etapas do processo de criação da improvisação. A metodologia prática da improvisação se nortea a partir dos princípios de percepção, de atenção, de investigação e de composição, compreendidos a partir de trajetos possíveis e não como regras pré-estabelecidas, os quais auxiliam a entender como se organiza o ato criativo na improvisação em/com dança. A pesquisa demonstra a improvisação como construção aberta e em movimento (ECO, 2003), a qual direciona o seu sentido para criações compartilhadas e participativas entre o improvisador e o seu público, e constata que o seu processo criativo em trama atinge decisões particulares, em conjunção com sentidos coletivos. Propõe-se ainda a improvisação como acionadora de um discurso para a dança, na sua dimensão de construção de subjetividades, de ativação da criatividade e de disposições que carregam características de discussão e crítica no fazer da dança. Conclui-se que a Escola Zajana Danza encontra na improvisação, modos de compartilhar as diferenças de corpos e seus aprendizados como potência criadora, e por sua vez, forma de expressão própria de cada indivíduo, articulando-se para abrir oportunidades a todos os corpos no campo artístico-pedagógico.