Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Silva Júnior, Roberto Gomes da
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Orientador(a): |
Matos, Lúcia Helena Alfredi de |
Banca de defesa: |
Matos, Lúcia Helena Alfredi de,
Amoroso, Daniela Maria,
Daltro, Émyle Pompeu de Barros |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Dança (PPGDANCA)
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Departamento: |
Escola de Dança
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36311
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Resumo: |
Enquanto fenômeno complexo de acontecimentos (conceituais, organizacionais e atitudinais), os bailes de Fandango, que ocorrem nas comunidades caiçaras tradicionais da Juréia, retroalimentam o dinamismo das narrativas locais. Estas, por não estarem apartados das relações geradas no corpo que toca, dança, trabalha e brinca, possibilita a criação de pontos de (re)existência, capazes de gerar outros modos de ser e estar no mundo. O que provoca os esforços concentrados na presente investigação é a análise do modo como a cotidianidade das comunidades mencionadas incide na aprendizagem da dança nos bailes de Fandango. Para tanto, após um período de imersão nas referidas comunidades, esta dissertação apresenta o contexto político, social, econômico e as consequentes mudanças nos arranjos culturais. Inspirados nos enredos que compõem e atravessam os microcosmos das famílias analisadas, foram estruturados três eixos de aprendizagem, tendo em vista o corpo imerso em uma ambiência de repertórios autobiográficos. Que por sua vez, à luz da aprendizagem inventiva (KASTRUP, 2007), são mobilizados graças as forças locais que, por estarem fundados na ação autoral, na ética da sociabilidade e na poética caiçara, coadunam o desejo de criação de realidades outras. Balizada pela abordagem de pesquisa qualitativa, de natureza descritiva, o percurso cartográfico (PASSOS; KASTRUP; ESCÓSSIA, 2009) utilizado conjuga as falas, entrevistas e registros bibliográficos a experiência dos sujeitos participantes da pesquisa. Diante do exposto, a escrita aponta que os bailes de Fandango que ocorrem na Juréia, enquanto elemento ainda capaz de retroalimentar o dinamismo local, se fazem presentes nos corpos dos sujeitos. É a partir da linguagem historicamente gerada no corpo que toca, dança, celebra, brinca e trabalha que são estabelecidos os pontos de conexão que retroalimentam os processos mencionados. É no corpo que o fazer/saber caiçara evolui, se transforma, se fortalece e se reafirma. São nos modos de vida caiçara, face às fricções do corpo com o meio, que são mobilizados os processos de aprendizagem. Estes, em fluxos contínuos, provisórios e transitórios, se apresentam em intensidades, articulações e modulações, que possibilitam a criação de modos de subjetivação das famílias fandangueiras na Juréia. |