Desenvolvimento da liderança por enfermeiros em Hospitais Universitários: análise à luz de Peter Senge

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Santos, Ises Adriana Reis dos lattes
Orientador(a): Amestoy, Simone Coelho lattes
Banca de defesa: Lapa Junior, Luiz Gonzaga lattes, Amestoy, Simone Coelho lattes, Silva, Gilberto Tadeu Reis da lattes, Bueno, Alexandre de Assis lattes, Melo, Rafaela Santos de lattes, Vieira, Silvana Lima, Cordeiro, Ana Lúcia Arcanjo Oliveira, Backes, Vania Marli Schubert
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Enfermagem (PPGENF)
Departamento: Escola de Enfermagem
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/40722
Resumo: Estudo de método misto, vinculado ao projeto matriz “Modelos de gestão hospitalar em enfermagem: memórias de enfermeiras”. Realizado em dois momentos distintos nos seguintes cenários: 1°) Hospitais Universitários do Brasil, Espanha e Portugal; 2°) Hospital Universitário do Nordeste do Brasil. Com o objetivo geral de analisar o desenvolvimento da liderança por enfermeiros em um hospital universitário. E, dos seus objetivos específicos: I - Identificar elementos das disciplinas de aprendizagem organizacional que são apresentados pelos enfermeiros Ibero-americanos para o desenvolvimento da liderança em hospitais universitários; II - Avaliar as competências socioemocionais de enfermeiros que atuam em um hospital universitário do Brasil; III- Conhecer as competências socioemocionais mobilizadas por enfermeiros-líderes durante e após o enfrentamento da pandemia pelo covid-19 em um hospital universitário; IV - Interpretar os significados atribuídos à liderança por enfermeiros de um hospital universitário e; V - Identificar a influência das competências socioemocionais para o desenvolvimento da liderança pelos enfermeiros de um HU do Brasil. Participaram do estudo no primeiro momento 30 enfermeiras (oito brasileiras, nove espanholas e 13 portuguesas). E, no segundo momento, 16 enfermeiras brasileiras (etapa quali) e 112 enfermeiros (etapa quanti). Em relação aos critérios de participação, tanto no Momento I, quanto no Momento II, os participantes corresponderam aos profissionais que atuam ou atuaram na gestão ou nas unidades e serviços desses HUs. Selecionados de forma intencional mediante a amostragem não probabilística em bola de neve ou snowball sampling. Para a coleta de dados, aplicou-se a técnica da entrevista com o auxílio de um roteiro semiestruturado (etapa quali) e para a mensuração das competências socioemocionais dos enfermeiros, utilizou-se um questionário do tipo Likert via Google Forms. Os dados foram organizados e tratados com o auxílio dos softwares NVivo e Iramuteq. A análise e interpretação dos achados foi embasada pelos constructos teóricos de Peter Senge, a partir dos três níveis das disciplinas de aprendizagem organizacional (Práticas – Atividades do grupo; Princípios – Entendimento do grupo; Essências – Estado de Ser coletivo). Avaliados segundo as competências socioemocionais nas dimensões da Consciência social, Consciência emocional, Autocontrole emocional, Regulação emocional e Criatividade emocional. A investigação reafirma a Tese que, “A Competência da Liderança pode ser desenvolvida pelos enfermeiros em ambiente hospitalar, principalmente nos HUs”. Os resultados evidenciaram que a prática da liderança pelos enfermeiros encontra-se vinculada ao reconhecimento normativo/valorativo do hospital, que lhes confere o poder ou autoridade para o controle das ações e relações presentes nesses espaços. Do mesmo modo, demonstrou-se que a abordagem política e hegemônica desempenhada por algumas profissões interfere significativamente no desenvolvimento da liderança pela enfermagem, bem como, impede possíveis avanços/melhorias nos serviços, provocando a insatisfação e o adoecimento laboral. A integração e o engajamento dos modelos de lideranças locais, chefias e gestões, refletem as decisões compartilhadas pelos grupos. E, apesar dos investimentos em conhecimentos científicos e tecnológicos, a figura do “líder-chefe”, continua sendo reproduzida e propagada nessa organização.