Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Silva, Rogério Luiz da |
Orientador(a): |
Pereira, Pedro Afonso de Paula |
Banca de defesa: |
Rocha, Gisele Olímpio da,
Lopes, Wilson Araújo,
Vasconcellos, Pérola de Castro,
Navckiene, Sandro |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Instituto de Química
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós Graduação em Química
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19118
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Resumo: |
O material particulado atmosférico (MP) compõe-se de partículas de materiais sólidos ou líquidos que ficam suspensas no ar nas formas de fumaça, poeira, neblina, dentre outras, cujo diâmetro pode ser de até 100 μm. A distribuição, concentração e composição são importantes para medir o grau de toxicidade. Os n-alcanos presentes no MP podem ser oriundos de fontes naturais ou antrópicas, tendo a possibilidade a investigação das fontes de emissão do MP. O objetivo deste trabalho foi determinar as concentrações de hidrocarbonetos alifáticos de média e alta massa molecular (C10 a C35), associados ao material particulado atmosférico, em localidades do entorno da Baía de Todos os Santos e da Estação Clériston Andrade (LAPA), na cidade de Salvador-BA. A quantificação dos n-alcanos no MP envolveu duas etapas: a extração por ultrassom e a determinação por CG-EM. Os parâmetros analíticos, limites de detecção e quantificação e precisão, foram adequados. A exatidão foi avaliada com o padrão de alcano deuterado (C24D50). As recuperações também avaliadas em três níveis de recuperação (200, 600 e 1200 µg L-1), alcançaram valores de 80%, 95,16% e 98,07%. Nos sítios da BTS e da Estação da LAPA, as amostras foram coletadas utilizando Hi- Vol (MP10). As concentrações de MP obtidas da média diária dos turnos manhã, tarde e noite foram de 141,3 µg m-3 para a Lapa (2010) e 91 µg m-3 para Lapa (2013). O somatório das concentrações de n-alcanos médias, mínimas e máximas (C10 a C35) obtiveram-se valores de 184,9,77,94 e 294,22 ng m-3 para LAPA (2010), 180,0, 114,74 e 238,5 ng m-3 para a LAPA (2013); 32,70, 24,0 e 44,2 ng m-3 para Botelho; 27,30, 20,30 e 51,31 ng m-3 para a Base Naval e 62,10, 49,0 e 83,1 ng m-3 para Itaparica. Foram encontrados para os sítios estudados Cmax de C32 (LAPA 2010), C29 (LAPA 2013); C32 (Botelho); C32 (Base Naval) e C29 (Itaparica).Em relação ao IPC pode-se observar valores de 0,96 a 1,06 para Lapa 2010, 1,04 a 1,08 para Lapa 2013; 0,92 (Botelho), 0,95 (Base Naval) e 0,96 (Itaparica), indicativo de emissões por fontes antrópicas. Os resultados da Lapa 2013, apesar de apresentar perfil semelhante aos resultados de 2010, houve um redução das concentrações de n-alcanos e já a comparação dos resultados obtidos para os sítios da BTS e da LAPA com outras localidades demonstram que os níveis tanto para a concentração de n-alcano, quanto para a massa de material particulado estão próximos aos encontrados na literatura. Parâmetros com a razão Címpar:Cpar, contribuição biogênica (WNA) e Cmax, determinaram um perfil de n-alcanos emitidos por fontes antrópicas. As análises estatísticas (PCA e HCA) demostraram que boa parte das concentrações de n-alcanos encontrados está relacionada a fontes antrópicas, o que confirma os demais parâmetros analisados. No caso da Lapa 2010 as duas componentes principais explicam 67,28% e a Lapa 2013 72,38% da variância total, e em relação ao comparativo entre os dois períodos esse valor foi de 72.62%. Já para as amostras de Botelho, Base Naval e Itaparica foi de 88,89% para as duas primeiras componentes, e ao analisá-las foi possível observar a não predominância de carbono ímpar-par, característico de emissões antrópicas. E um fator importante foi a confirmação de dados verificados nas análises das concentrações de n-alcanos, como as semelhanças entre as amostras de Botelho e Base naval e as diferenças em relação e a Lapa e Itaparica, sendo confirmado pela análise de agrupamento hierárquico (HCA). |