Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Gomes, Claudia da Cruz
 |
Orientador(a): |
Peixoto, Adriano de Lemos Alves
 |
Banca de defesa: |
Bentivi, Daiane Rose Cunha
,
Souza, Marcos Aguiar de
,
Peixoto, Adriano de Lemos Alves
 |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Psicologia (PPGPSI)
|
Departamento: |
Instituto de Psicologia
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/36358
|
Resumo: |
Características do trabalho de Guardas Civis Municipais (GCM) pode ser indicativos de adoecimento mental, a exemplo da depressão, ansiedade e estresse, constituindo-se como aspectos psicossociais relevantes à investigação das condições de saúde desses profissionais. O objetivo desse estudo é elaborar um mapa indicativo de adoecimento psíquico no contexto de trabalho de guardas civis municipais de uma cidade do interior da Bahia. Trata-se de um estudo correlacional, descritivo, quantitativo e transversal. Participaram da pesquisa 95 Guardas Civis Municipais, que responderam presencialmente a um questionário contendo questões sociodemográficas, hábitos de vida, escala de avaliação dos sintomas de depressão, ansiedade e estresse (DASS-21) e a escala de avaliação das características do trabalho (controle sobre o trabalho, demandas físicas e psicológicas, insegurança no trabalho e suporte social) - JCQ (Araújo e Karasek, 2008; Karasek, 1993). A análise foi descritiva e inferencial, por meio de frequência, porcentagem, média e desvio-padrão. A análise correlacional foi realizada através do teste não paramétrico ρ de Spearman e as comparativas por meio do Teste de qui-quadrado (2) de independência (2x4 e 2x5). O tamanho de efeito foi calculado por meio do V de Cramer (medida de associação entre duas variáveis medidas numa escala categórica). Os resultados indicaram baixos índices de prevalência de sintomas de depressão (20%), ansiedade (19%) e estresse (19%) entre os participantes, e não há significância estatística nas comparações envolvendo a sintomatologia de depressão, ansiedade e estresse com os grupos de demandas psicológicas e físicas, bem como os referentes à insegurança no trabalho e os de suporte social. O tamanho do efeito dessas comparações (valores de V de Cramer) variaram de V2= 0,04 (insegurança de trabalho e estresse) e V2=0,28 (insegurança de trabalho e ansiedade). Conclui-se que os resultados encontrados apontam importantes questões alusivas ao contexto de trabalho e à saúde destes profissionais e estimulam novas investigações para um melhor entendimento desta categoria profissional. Embora, os níveis de adoecimento entre os guardas civis mostrarem-se baixos, quando comparados com os índices apontados na literatura científica sobre essa temática. Este resultado pode ser justificado devido à natureza da tarefa que eles desenvolvem, neste estudo, especificamente a grande maioria dos participantes desempenham função administrativa (coordenação, central de rádio e patrimonial). Outro fator a ser considerado é o preconceito e a visão estigmatizada relacionada ao adoecimento mental e a consequente resistência dos agentes em assumir o adoecimento. Bem como, a “construção imaginária de figuras superpoderosas” que estes profissionais tem em relação a sua profissão, uma vez que, entre os agentes de segurança pública há uma prevalência do discurso da virilidade que desconsidera o adoecimento emocional. Desse modo, faz-se necessário pensar nos problemas de saúde (física e mental) que acometem esse grupo de trabalhadores e oferecer às instituições da Segurança Pública subsídios para a criação de planos de ação que contemplem programas de promoção de saúde para esta categoria profissional, para assim, minimizar e/ou evitar que este adoecimento sofra um aumento. |