Do diamante ao turismo, o espaço produzido no município de Lençóis

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Santos, Liliam Margarida de Andrade
Orientador(a): Lage, Creuza Santos
Banca de defesa: Silva, Maria Auxiliadora da, Cavalcanti, Cid José Teixeira
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal da Bahia. Instituto de Geociências
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Geografia (POSGEO)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/19314
Resumo: Essa pesquisa trata da análise do espaço produzido pelo turismo no município de Lençóis, pólo turístico conhecido internacionalmente, localizado na Chapada Diamantina, estado da Bahia, sob a ótica da Geografia do Turismo. Esse trabalho fundamenta-se no modelo do Sistema de Turismo, Sistur, criado por Beni em 1997, a partir da Teoria Geral dos Sistemas. O modelo referencial é utilizado para o estudo de caso, permitindo a análise do turismo de Lençóis. Os conceitos de forma e função de Santos (1992) e de Ecoturismo definido pela Embratur e Ministério do Meio Ambiente (1994), são utilizados para identificação do turismo em sua espacialidade e completam a base teórico-conceitual do trabalho. Os resultados obtidos ao longo de dois anos de análises documentais e trabalho em campo demonstram que a atividade turística em Lençóis produziu e reproduziu um novo espaço que substituiu o garimpo, dentro de um ciclo que já se esgotava naturalmente. A atividade turística em Lençóis esenvolveu-se de fora para dentro, de acordo com as políticas públicas traçadas para a região. A instalação do turismo abriu novas perspectivas e atraiu pequenos investidores que reaquecem a economia local. Em sua maioria pessoas de outras regiões e mesmo países em busca de uma vida alternativa. A partir daí surge uma dinâmica desigual provocada pela mudança abrupta da sua atividade econômica tradicional: “do diamante ao turismo” onde, à comunidade tradicional, não foi ofertada a possibilidade de inserção na atividade econômica, a não ser em opções de subemprego da mão de obra desqualificada e despreparada para assumir novos postos, em um mercado de trabalho informal que mais se identifica pela falta de ordenamento e sustentabilidade.