Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Cabral, João de Deus Paes Landim Ferreira
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Orientador(a): |
Waiandt, Claudiani
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Banca de defesa: |
Waiandt, Claudiani
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Hastenreiter Filho, Horacio Nelson
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Santos, Márcio Bezerra
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
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Programa de Pós-Graduação: |
Mestrado Profissional em Segurança Pública
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Departamento: |
Escola de Administração
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39526
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Resumo: |
Os elevados números das mortes violentas intencionais em nosso país representam um fenômeno crônico e complexo que afeta diversas variáveis da vida em sociedade. Seu enfrentamento é um desafio para os sistemas de segurança pública e saúde, para a política e a economia. O isolamento social decorrente da pandemia de Covid-19 adicionou outras implicações dramáticas para todas essas camadas da sociedade, de modo que discutir os seus impactos na dinâmica dos Crimes Violentos é uma premissa fundamental para a construção de políticas públicas em tempos de crise. Este trabalho teve como objetivo comparar as características sociodemográficas e circunstanciais e as dinâmicas espaço-temporal envolvidas nos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) registrados no município de Juazeiro/Bahia antes (2018-2019) e durante (2020-2021) a pandemia de Covid-19. Tratou-se de um estudo observacional envolvendo todos os CVLI ocorridos no município de Juazeiro/Bahia no período relacionado tomando como fonte dados secundários obtidos através dos Relatórios de Ocorrências Policiais (ROP), fornecidos pelo Comando de Policiamento da Região da Região Norte (CPRN), órgão regional de direção tática da Polícia Militar da Bahia (PMBA). Em termos de resultado, constatou-se que quanto às espécies de mortes por agressão, o homicídio doloso foi a espécie predominante no quadriênio selecionado, destacando-se o aumento dos casos de feminicídio durante a Pandemia (94%). O perfil das vítimas coincidiu com o observado historicamente no país, sendo os homens negros e pardos o público predominante durante todo o. (91%). Armas de fogo respondem por 70% das mortes, com o aumento do uso de armas brancas na Pandemia. As relações violentas vinculadas ao comércio ilícito de drogas representam um terço das correlações sociais dos delitos. Sendo os conflitos mais acentuados no período pandêmico. Quanto aos aspectos temporais, os crimes aumentaram durante a Pandemia (aumento de 16,5% por ano), não houve mês com predominância em relação a outros. Mais da metade dos crimes ocorreram nos finais de semana e no período noturno durante o quadriênio sem grandes divergências entre as fases. Os locais de incidência das mortes foram majoritariamente os mesmos, a periferia da cidade que registrou aumento acentuado na Pandemia nos mesmos territórios. |