Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Lima, Ariane de Jesus Pereira
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Orientador(a): |
Almeida, Milena Maria Cordeiro de |
Banca de defesa: |
Almeida, Milena Maria Cordeiro de,
Santos, Kionna Oliveira Bernardes,
Pena, Paulo GIlvane Lopes,
Barbosa, Eduardo Marinho |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39108
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Resumo: |
Objetivo: Caracterizar as práticas de saúde de profissionais da Atenção Básica voltadas aos trabalhadores da pesca artesanal nos municípios da Ilha de Itaparica, Bahia. Métodos: Estudo quantitativo de natureza exploratória realizado com censo de profissionais de saúde da Atenção Básica (AB) dos municípios de Vera Cruz e Itaparica, Bahia, no período de maio a dezembro de 2022. Participaram 67 (89,3%), de um total de 75 profissionais de saúde que integravam equipes AB dos municípios no período do estudo. A quantificação da atenção à saúde foi a partir da variável de estratificação fundamental denominada frequência de práticas de atenção à saúde voltadas para trabalhadores da pesca artesanal (maior/menor frequência), composta pelas variáveis: atenção às demandas dos trabalhadores da pesca, identificação da relação de adoecimento com trabalho da pesca, notificação de acidentes e agravos relacionados ao trabalho da pesca e referência/contrarreferência de trabalhadores da pesca. Os dados sócio ocupacionais e relacionados às ações de ST foram descritos segundo a frequência de práticas voltadas à Saúde do Trabalhador da pesca (maior/menor frequência) através de uma análise descritiva das frequências absolutas e relativas utilizando o software R versão 4.3.0. Gráficos e Tabelas foram construídos para melhor visualização dos resultados. Resultados: Observou-se que apenas 23,9% dos profissionais referiu uma maior frequência de práticas voltadas à saúde dos trabalhadores da pesca artesanal e, destes, 81,2% integrava Equipes de Saúde da Família (ESF) e apenas 9,8% possuía formação em Saúde do Trabalhador. As ações de vigilância em saúde mais realizadas por esse grupo de profissionais foram: inspeção sanitária em ambientes de trabalho (87,5%); identificação de idosos desenvolvendo a atividade (81,3%) e identificação da pesca sendo realizada em âmbito domiciliar (75,0%). Os componentes da RAS identificados pelos profissionais da AB para encaminhamento de demandas de trabalhadores da pesca nos dois grupos foram, para maior e menor frequência de práticas, respectivamente: Policlínicas/ Serviços ambulatoriais (75,0% e 50,9%) e Hospitais (62,5% e 56,9%). O reconhecimento do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador (CEREST) foi referido por apenas 25,0% dos profissionais no grupo de maior frequência de práticas e 29,4% no grupo comparação, sendo que apenas 43,7% e 21,5% desses referem conhecer as atribuições desse, respectivamente. Os agravos relacionados ao trabalho da pesca mais diagnosticados pelos profissionais, para ambos os grupos, foram: doenças osteomusculares (62,5% e 66,7%); infecções ginecológicas (37,5% e 25,5%); DCNT’s (31,2% e 25,5%) e dermatoses (25,5% e 68,6%). Conclusão: A minoria dos profissionais de saúde da AB realizam práticas específicas para a ST de pescadores artesanais, com persistência de ações de perfil clínico e de rotina da AB, individuais e de diagnóstico de doenças. Tal perfil de práticas pode estar relacionado à uma baixa adesão à formação em ST e a um perfil de equipes menos multidisciplinares. Em contraposição, uma maior frequência de práticas pode estar relacionada ao modelo de Estratégia de Saúde da Família, com apoio de equipes multiprofissionais, podendo indicar o caminho para a ampliação do acesso e qualificação da atenção à saúde dos trabalhadores da pesca na AB. |