Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Glécia Lemos
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Orientador(a): |
Carvalho, Fernando Martins |
Banca de defesa: |
Carvalho, Fernando Martins,
Santos, Kionna Oliveira Bernardes,
Nascimento Sobrinho, Carlito Lopes |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho (PPGSAT)
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Departamento: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37568
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Resumo: |
Introdução: Pesquisas associam o trabalho dos agentes penitenciários a efeitos negativos sobre a sua saúde e bem-estar. No entanto, pouca atenção tem sido dada aos efeitos desse trabalho sobre a quantidade e qualidade do sono. Objetivo: Estimar a prevalência e fatores associados aos distúrbios graves do sono em agentes penitenciários de um complexo prisional em Salvador, Bahia. Métodos: Estudo de corte transversal, com todos os 374 agentes penitenciários de um complexo prisional em Salvador, Bahia. Num questionário autoaplicável, obteve-se informações sociodemográficas, dados gerais sobre o trabalho, hábitos de vida, Transtornos Mentais Comuns e à qualidade do sono dos agentes penitenciários. Informações sobre o sono foram avaliadas por meio do Mini-Sleep Questionnaire. Os transtornos mentais comuns foram avaliados pelo Self-Reporting Questionnaire-20. A coleta de dados ocorreu de setembro a dezembro de 2018. Calculou se a Razão de Prevalência dos distúrbios graves do sono. Usando um modelo de regressão multivariada de Cox, foram calculadas razões de prevalência para cada variável independente. No modelo final, premaneceram apenas as variáveis associadas que apresentaram Razões de Prevalências ajustadas (RPaj) ≥1,30. Resultados: A prevalência de distúrbios graves do sono foi 55,3%. As Razões de Prevalências ajustadas revelaram que os distúrbios graves do sono associaram-se fortemente ao número de atividades geradoras de tensão no trabalho (RPaj variando de 1,79 a 1,58), número de situações de violência no trabalho (RPaj em gradiente, aumentando de 1,11 a 1,33), à referência de que o trabalho interferia na saúde física (RPaj ≥2,11), a transtornos mentais comuns (RPaj ≥2,02) e à cor da pele não branca (RPaj ≥1,36). O trabalho de turno não se mostrou fortemente associado ao desfecho (RPaj ≥1,15). Conclusões: A elevada prevalência dos distúrbios graves do sono encontrada em agentes penitenciários associou-se a diversos fatores, dentre os quais destacaram-se as situações de violência características desta atividade ocupacional e o comprometimento da saúde física e mental. |