Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
Requião, Simone
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Orientador(a): |
Bezerra, Antônia Pereira |
Banca de defesa: |
Bezerra, Antônia Pereira,
Millet, Maria Eugênia Viveiros,
Oliveira, Urania Auxiliadora Santos Mais de,
Paro, César Augusto,
Brondani, Joice Aglae |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Artes Cênicas (PPGAC)
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Departamento: |
Escola de Teatro
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufba.br/handle/ri/37883
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Resumo: |
A presente tese traça a memória das experiências e escolha de fazer teatro no sistema de custódia e prisional. Está dividida em “Eixos introdutórios”, cinco rotas e o “Compartilhamento de ideias - Alternativas de conclusão”. Os eixos dão sustentação à tese no sentido de apresentar a autora, de explicar o desejo de pesquisar e como foram organizados os procedimentos dos caminhos seguidos. Ainda nos eixos, foram contextualizados fatos que aconteciam no mundo externo e interno durante a escrita da tese, porque faz todo sentido, como aprendiz de cartógrafa e pesquisadora/inventora, explicitar as influências, os perceptos e afectos no qual a pesquisa está implicada. Em termos de procedimentos, a proposição foi cartografar a memória e materializá-la na escrita. As marcas foram condutoras do processo, são parte das vivências ao longo desses quase 14 anos fazendo teatro no cárcere. Os procedimentos rizomáticos foram bússolas que negociavam os desejos e as necessidades do caminho, assim, tomei como princípio a Estética do Oprimido e da Oprimida como “Sul”. Nomeei de dispositivos linhas de fuga que possibilitaram inventar e reinventar potências criadoras dentro do cárcere, de desencarcerar o pensamento e o fazer criativo. As Imagens/geradoras e as Narrativas/geradoras permitiram seguir os rastros durante a escrita da tese e, ao mesmo tempo, fazem parte da potência disparadora da criação cênica e de possibilidades de reinvenção da vida, seja por meio de narrativas-minoritárias, dos sonhos ou das cartas. Confiro à Dramaturgia da Coexistência a possibilidade de criar fissuras na cena e na vida real. As cinco rotas são independentes e cada uma delas conta as experiências de como fizemos teatro e os processos de criação nas instituições totais, em diferentes períodos e contextos. Essas rotas se passaram no Hospital de Custódia e Tratamento, Conjunto Penal de Jequié, uma experiência em Córdoba (AR) e no Conjunto Penal Feminino em momentos distintos, pois é o lugar onde meus encontros com a criação ainda acontecem. Por fim, compartilho as principais ideias da tese e tento aterrar os aprendizados dessa vivência, pois eles não cessam, continuam a cada leitura e releitura que faço, a cada nova marca que se materializa na memória/corpo. Exatamente por esse motivo que não são conclusivas, mas as apresento como alternativas para uma conclusão. Com relação a problemática da tese, ao disparador que foi perseguido durante a jornada, posso dizer que cada rota tem os seus, mas a pedra no caminho, aquela que me fez buscar rotas alternativas, externa e internamente, foi tentar descobrir, verificar ou até mesmo afirmar as possibilidades de inventividade/criatividade humana, mesmo em situações adversas, de como manter o compromisso ético, social e político e transformar linhas duras em devir, de transgredir a dureza do cárcere com arte, de lutar contra pensamentos hegemônicos experimentando alternativas éticas e estéticas. |