Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Santos, Sheila Nascimento |
Orientador(a): |
Santos, Kionna Oliveira Bernardes |
Banca de defesa: |
Carvalho, Fernando Martins,
Lourenço, Luiz Cláudio |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina da Bahia
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Saúde, Ambiente e Trabalho
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/31773
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Resumo: |
Introdução: O trabalho ocupa papel central na vida das pessoas e é considerado um fator relevante na formação da identidade pessoal e de inserção social, essencial no curso de vida do indivíduo. Agentes penitenciários (AP) exercem a difícil tarefa de manter, sob custódia, indivíduos privados de liberdade, executam atividades que exigem grande preparo e, envolvem diversos tipos de cargas laborais, especialmente as psíquicas. O campo prisional é um ambiente de trabalho com alta exposição a riscos psicossociais, fazendo com que os trabalhadores, estejam expostos a problemas de saúde relacionados ao trabalho. Dentre os fatores que produzem estas cargas, tem-se destacado as características psicossociais do trabalho. Objetivo: Investigar os fatores associados à saúde mental de agentes penitenciários do principal Complexo Prisional do Estado da Bahia na Região Metropolitana de Salvador (RMS), Bahia, Brasil. Métodos: Estudo de corte transversal com base em um censo dos AP do complexo prisional da Mata Escura na Região Metropolitana de Salvador, Bahia, Brasil. O instrumento de coleta foi um questionário autoaplicado, com informações sociodemográficas e características de trabalho. Duas variáveis desfecho foram consideradas no estudo: sintomatologia depressiva e triagem diagnóstica de depressão maior (DPM), avaliadas pelo Patient Health Questionnaire-9 (PHQ-9). Inicialmente, realizou-se uma etapa descritiva das variáveis e um modelo exploratório para ambos os desfechos. Na análise bivariada, estimouse as razões de prevalência e seus respectivos intervalos de confiança de 95% e, por fim, a análise de regressão logística. As Odds Ratios obtidas na análise multivariada por regressão logística foram transformadas em Razões de Prevalência com uso da regressão de Poisson modelo robusto. Resultados: Foi possível dimensionar a frequência dos transtornos depressivos em agentes penitenciários, identificar as características de trabalho e saúde mental dos trabalhadores do cárcere, suas associações com os aspectos psicossociais do trabalho e as repercussões na saúde mental. No modelo final da análise multivariada a associação para ambos os desfechos avaliados foi mais forte em AP do sexo feminino e naqueles que referiram ter sofrido ameaça por facções e, para sintomas depressivos, nos AP com maior tempo de trabalho. Considerações finais: Esse trabalho permitiu identificar alta prevalência de transtornos depressivos em trabalhadores do cárcere em comparação com a população geral. O trabalho no cárcere vai além do contexto interno, pois medo e exposição vivenciada dentro e fora dos muros prisionais são condições que podem afetar a saúde mental desses trabalhadores. |