Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2015 |
Autor(a) principal: |
Lorenzo, Cynthia Rodamilans Serra |
Orientador(a): |
Alves, Carlos Roberto Brites |
Banca de defesa: |
Alves, Carlos Roberto Brites,
Silva, Nanci Ferreira da,
Andrade, Jacy Amaral Freire de |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Faculdade de Medicina
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Programa de Pós-Graduação: |
Medicina em Saude
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.ufba.br/ri/handle/ri/24105
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Resumo: |
Introdução: Desde o início da epidemia do HIV na infância, a morbimortalidade diminuiu dramaticamente, permitindo sobrevida longa com chegada à idade adulta. São estimadas atualmente 3,2 milhões de crianças até 15 anos vivendo com HIV/AIDS. Existem poucos trabalhos sobre sobrevida em crianças no Brasil, especialmente no nordeste. Objetivos: Estimar a sobrevida, fatores de risco para mortalidade e resposta à terapia antirretroviral (TARV), assim como comparar crianças com acesso precoce e tardio ao acompanhamento em um serviço de referência em Salvador, Brasil. Materiais e Métodos: Seguimos 245 crianças com infecção por transmissão vertical admitidas entre 2002-2014. Usamos curvas de Kaplan Meyer com teste de log-rank para descrever e comparar as diferenças, e Regressão de Cox para análise multivariada. Resultados: O tempo total de seguimento foi de 1584.4 pessoas/ano. A sobrevida geral foi de 83,9%. A taxa de mortalidade foi de 1,7 por 100 pessoas/ano. Pneumonia e sepses foram as principais causas de óbito. Estiveram associados à mortalidade na análise bivariada: sexo masculino, carga viral (CV) > 100.000 cópias/ml, imunossupressão severa, sintomatologia moderada/severa e história de infecção oportunista. Apenas sintomatologia permaneceu associada na análise multivariada (p=0,03). Não houve diferença na mortalidade entre os grupos de acesso precoce e tardio. No total, 217 pacientes receberam TARV; 192 tinham CV recente, dos quais 116 (59.8%) tinham CV < 400 cópias/ml. Variáveis associadas com falha terapêutica foram: CV≥100000 cópias/ml, menos imunossupressão, idade < 12 meses à admissão e idade < 3 anos ao início da TARV. Conclusões: Ainda temos uma taxa de mortalidade alta se comparada com países desenvolvidos. Embora acesso precoce não tenha impactado na mortalidade, detectamos uma tendência a favor de tratamento precoce como fator de proteção contra mortalidade. Precisamos incrementar adesão ao serviço e ao tratamento e melhores drogas para otimizar sobreviva e resposta virológica ao tratamento. |